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Economia Países ricos alimentam nova onda de incertezas na economia global

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Em comum, as inquietações com essas grandes economias estão relacionadas ao desequilíbrio fiscal e ao avanço do endividamento público. (Foto: Reprodução)

Nos últimos meses, tem aumentado a sensação de desconforto em relação aos rumos da economia global. Em meio às tensões geopolíticas e incertezas trazidas pela política comercial de Donald Trump, as dúvidas não vêm apenas dos Estados Unidos: elas se espalham também pela Europa e Ásia. Em comum, as inquietações com essas grandes economias estão relacionadas ao desequilíbrio fiscal e ao avanço do endividamento público.

Um indicativo do crescente mal-estar é o aumento da taxa de rendimento dos títulos de 30 anos desses países. O avanço dos juros pagos pelos papéis dos EUA, do Canadá, da França, da Alemanha, do Reino Unido e até do Japão é um sinal de que os investidores estão mais desconfiados da capacidade dos governos de manter as contas equilibradas. Nessas nações, o rendimento dos títulos está acima da média dos últimos 25 anos.

No Japão e no Reino Unido, a remuneração alcançou o mais alto patamar desse período. Isso significa que os investidores estão cobrando mais para emprestar a esses países, dado que consideram que os riscos se elevaram.

Nos EUA – onde a taxa de juros desses títulos está em 4,75%, enquanto a média dos últimos 25 anos é de 3,88% –, o impacto das tarifas sobre importações é apenas uma das dúvidas em relação ao futuro da economia. A crescente dívida do governo é outro problema que já acende o alerta entre os analistas.

A França também vive um dilema com o rumo das contas públicas, em meio a um impasse político. Na Ásia, há uma preocupação com a política fiscal expansionista da provável nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaich, e com o ritmo do crescimento chinês. “Acho que os riscos vêm de todos os lados”, diz Luis Otavio Leal, economista-chefe da G5 Partners. “Mas boa parte é fiscal.”

A questão fiscal emergiu como um problema em quase todas as economias com a pandemia de covid-19, em 2020, quando diversos países adotaram medidas de estímulos para suportar a interrupção das atividades.

Sócia da consultoria Tendências, a economista Alessandra Ribeiro destaca que o aumento do gasto público em todo o mundo, inclusive em países ricos, já é uma dinâmica conhecida do investidor. Ela pondera, porém, que novos fatores têm elevado as incertezas e que a sensação é de que a economia global está “azedando”.

Por ora, o cenário global não é de crise, mas os diversos focos de incerteza com o descontrole das contas públicas criam uma conjuntura delicada. De forma geral, essa conjuntura mais tensa tem sido atenuada pelo dólar mais fraco. “Parece que a economia está andando numa linha tênue. O risco geopolítico aumentou e o risco fiscal no resto do mundo também”, diz Solange Srour, diretora para o Brasil do UBS Global Wealth Management. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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