Agro Palavras que traduzem sentimentos
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2017
“Incansável na defesa dos produtores rurais, Sperotto contribuiu para fortalecer o agronegócio gaúcho e brasileiro ao longo da vida e, em especial, durante seu período como dirigente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, que presidiu desde 1997”.
Com este texto, a Farsul comunicou ao mercado, no último dia 23, a morte de seu presidente, notícia que abalou a sociedade gaúcha, pelo papel que Carlos Rivaci Sperotto desempenhava não apenas no segmento rural, mas na comunidade empresarial do Rio Grande do Sul e do País. O velório teve início às 21h na sede da Farsul na capital e seguiu até domingo (24), às 11h. Depois, o corpo foi encaminhado ao Crematório Metropolitano. Ele deixa quatro filhos e netos.
Durante todo o dia, foram inúmeras as manifestações de pesar e carinho, de lideranças que lembraram a representatividade de Sperotto em suas atividades à frente da Farsul, Sebrae e CNA.
Governador de 2003 a 2006, Germano Rigotto teve uma grande convivência com Sperotto. Essa parceria foi bastante importante no combate a uma das maiores secas que o estado já enfrentou. “Ele foi fundamental em momentos difíceis, quando tivemos, por exemplo, problemas sérios no setor primário devido à estiagem de 2004 e à maior da história, em 2005. E ele foi fundamental para atravessarmos aqueles momentos, buscar alternativas e auxilio. Não era somente um líder estadual, era um líder nacional. Era referência no setor primário do nosso país”.
O ex-senador pelo Rio Grande do Sul, Pedro Simon, também salientou a importância de Sperotto para o desenvolvimento da agricultura no Rio Grande do Sul e do país. “Sperotto foi um homem que dignificou seu trabalho, esteve à frente do Rio Grande brigando e lutando contra tudo e contra todos na defesa pra produção agrícola do estado”.
Mais do que o visionário e competente gestor, as qualidades pessoais dele era o que chamava a atenção do atual senador Lasier Martins: “Sempre tive muita admiração a liderança e o estilo cordial efetivo. Vinha sofrendo ultimamente, mas é da vida de todos nós, todos nós somos finitos”.
“A agropecuária gaúcha e brasileira perde um dos seus grandes líderes! Carlos Sperotto, presidente da Farsul há duas décadas, deixa legado de relevante contribuição no desenvolvimento rural do RS!”, mencionou a senadora Ana Amélia Lemos.
Hugo Paz antecedeu Carlos Sperotto no comando da Farsul. Ele lamenta a perda e salienta a necessidade de que o trabalho de Sperotto seja preservado. “Talvez a homenagem a Sperotto seja com imediata solução encontrando uma liderança que da mesma forma como ele conduzia esse processo, pois não podemos de forma alguma perder contato com a nossa atividade e perder a representação política que o setor tem aqui no Rio Grande do Sul”
Com a morte de Sperotto, quem assume a presidência da Federação é o vice Gedeão Pereira. Ele projetou o futuro da agricultura no estado, agora sem uma de suas lideranças: “É uma grande perda, vai nos fazer muita falta, mas vamos seguir levando um grande ensinamento que ele deixou para a agricultura: temos que ter uma política de resultados”.
A editora do Núcleo de Agronegócio da Band, Lizemara Prates, observa que Sperotto teve grande importância também para o setor no Mercosul. “A renegociação da dívida agrícola, a questão fundiária, a liberação dos transgênicos, a questão ambiental, foram várias bandeiras que ele teve ao longo desse tempo. E ele transcendeu ao Rio Grande do Sul, ele foi um líder do agro gaúcho, do agro brasileiro e com uma importância muito grande em nível de Mercosul também”.
Paulo Sérgio Pinto, vice-presidente da Rede Pampa e amigo de Sperotto há mais de 30 anos, destacou . “O nosso Grande Lider, Carlos Sperotto, permanece ao nosso lado com seu legado de ensinamentos, exemplos, capacidade de comando, companheirismo e lealdade. Deixa lembranças em cada lugar e em cada coração de seus amigos espalhados pelo Brasil, pelo mundo e por este Rio Grande de Deus.Nos resta orar por ele que, junto a Deus, estará olhando por sua família maravilhosa, por cada um de nós e pelo agronegócio. Sabe que foi e será amado e lembrado eternamente como ídolo histórico da nossa Farsul e por todos nós.
Alexandre Gadret, presidente da Rede Pampa lamenta a perda não só de um amigo, mas também da maior liderança associativa que o campo já teve: “um exemplo único, que servirá como referência para as futuras gerações como líder e como pessoa”, afirmou.
Sperotto e a esposa Mariana, na entrega do último Troféu Senar, em agosto, na Associação Leopoldina Juvenil. (Foto: banco de dados/O Sul)
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