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Rio Grande do Sul Paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria descobrem espécie de réptil que viveu no atual território gaúcho há 233 milhões de anos

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"Amanasaurus nesbitti" deve ajudar a compreender a evolução dos dinossauros. (Foto: ilustração de Matheus Fernandes/UFSM)

Um estudo publicado na revista internacional “Scientific Reports” por paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) relata a descoberta de uma espécie de réptil fóssil em área conhecida como Quarta Colônia, na Região Central do Rio Grande do Sul. O material – fragmentos das pernas de dois exemplares – é datado de 233 milhões de anos e proporciona novas informações sobre a origem dos dinossauros.

A equipe nomeou a espécie como “Amanasaurus nesbitti”, algo como “lagarto da chuva” (mesclando termos em tupi e grego), porque na época de existência do animal houve um período de muitas chuvas e umidade no planeta, conhecido como “evento pluvial carniano”. Já o “nesbitti” é uma homenagem ao cientista norte-americano Sterling Nesbitt, co-responsável por pesquisas sobre o grupo no qual a descoberta se encaixa.

Estima-se que o réptil tinha comprimento aproximado de 1,3 metro e e pertenceu a um grupo chamado de “Silesauridae”, de grande relevância no que se refere à origem dos dinossauros, de quem seriam os parentes mais próximos dos dinossauros ou mesmo  integrantes da base da árvore evolutiva dos “dinos” com chifres e armaduras.

O período do Amanasaurus nesbitti coincide com a fase em que as principais linhagens de dinossauros começavam a se estabelecer nos ecossistemas do planeta. Por conta disso, acreditava-se que os “silessauros” tivessem sido afetados pela competição com outros animais desse tipo, passando então a se tornar relativamente menores.

Agora, com a descoberta de Santa Maria, constatou-se que o tamanho corpóreo dos silessauros não foi drasticamente afetado naquele contexto. “Na verdade, atingiam tamanhos similares aos de dinossauros de outras linhagens”, ressalta a equipe da UFSM. “Além disso, os restos fósseis foram escavados em uma área que já revelou esqueletos fossilizados de outras linhagens de dinossauros e parentes próximos.”

O estudo foi conduzido pelo paleontólogo da UFSM Rodrigo Temp Müller e contou com a participação do doutorando Maurício Silva Garcia, do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal. A pesquisa recebeu apoio do governo federal via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), além da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

Os restos fósseis do Amanasaurus nesbitti e de outas espécies estão depositados no Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia, unidade da UFSM localizada em São João do Polêsine. No local há uma exposição permanente e que pode ser visitada de forma gratuita por qualquer pessoa. Saiba mais no site ufsm.br.

Área propícia

Mundialmente conhecido por abrigar alguns dos fósseis mais antigos de dinossauros, o território do Geoparque Quarta Colônia tornou-se palco de diversas descobertas em paleontologia. A mais recente é uma nova espécie oriunda de uma região no interior do município de Restinga Sêca.

Os restos fósseis foram escavados em um sítio fossilífero conhecido como “Pivetta”, próximo do limite com o município de São João do Polêsine. Trata-se de um achado científico particularmente interessante porque Restinga Sêca ainda não possuía espécies de dinossauros oficialmente descritas.

(Marcello Campos)

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