Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2020
94% das empresas ouvidas implementaram redução de 3 a 4% no salário-base neste ano
Foto: Marcello Casal Jr./ABrPesquisa da consultoria organizacional Mercer mostra que 94% das empresas implementaram redução de 3 a 4% no salário-base neste ano. As reduções são referentes a novas contratações, mudanças nas referências salariais ou ligadas ao programa do governo que permite a redução da jornada de trabalho.
A pesquisa teve a participação de 718 empresas, abrangendo mais de 860 mil profissionais de todos os setores econômicos. Outros dados da pesquisa mostram que 73% das empresas atrasaram os aumentos e 51% tiveram os reajustes planejados para 2020 afetados pela pandemia.
Segundo o líder de produtos de carreira da Mercer Brasil, Rafael Ricarte, apesar de a redução no salário ter sido concebida como uma medida emergencial e de caráter temporário, aproximadamente 5,4% das empresas pesquisadas indicaram que essa redução será permanente.
Benefícios
Mesmo com a pandemia, as empresas pesquisadas relataram não ter a intenção de fazer grandes mudanças no pacote de benefícios oferecido aos funcionários. A grande novidade, entretanto, foi o aumento considerável na quantidade de organizações que pretende implementar o sistema de benefícios flexíveis.
“A disseminação da prática do home office despertou o interesse por novas alternativas que antes não eram tão cogitadas ou valorizadas. Um plano de benefícios flexíveis oferece ao empregado a opção pela escolha daqueles que fazem mais sentido para ele e sua família”, afirma Ricarte.
Executivas ganham menos
De acordo com a pesquisa da Mercer, os salários de homens e mulheres permanecem mais ou menos equivalentes no nível gerencial. Já nas posições de diretoria, o salário médio das mulheres é inferior ao dos homens. No setor de Tecnologia, por exemplo, uma alta executiva recebe em média 34% a menos que um homem na mesma posição. No segmento de Life Sciences (Saúde e Farma), a diferença é de 29%.