Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2024
Atriz fala da pressão estética e diz que para ser aceita tentou mudar aparência
Foto: Reprodução/InstagramComo muitas mulheres, Paolla Oliveira já sofreu muito com seu corpo. A atriz, que completa 42 anos domingo (14), não acreditava que sua forma física era a ideal – uma autocobrança fruto de padrões, opiniões e pressões alheias à sua. “Achava não estava boa o suficiente para botar um biquíni . Depois, que não estava pronta o suficiente para ouvir o que as pessoas iam falar”, confessa.
Paolla se amava, mas foram tantos comentários sobre sua aparência que acabou internalizando alguns desses olhares. Fez dietas quando não precisava e não queria e viu problemas onde não havia.
“Quando você não se gosta, a primeira coisa que você quer é mudar. Quando você vai usar uma roupa e ela não entra, você fala ‘a roupa é maravilhosa, o que é ruim sou eu’. E aí você vai querer mudar, fazer dieta”, explica ela.
“Cheguei ao ponto de falar que tinha defeito”, assume a atriz, que vive com o sambista Diogo Nogueira no Rio. “Arrumei as coxas, eu arrumei o cabelo, o pé. E meu pé realmente é meio chatinho, mas eu amo”, lembra ela, que demorou a fazer as pazes com si mesma.
“Usei roupa larga um tempão porque achava que ficaria mais magra, mais esguia, que eu ia ‘enganar’ as pessoas. Eu queria era é ser aceita mesmo”, conta Paolla.
A virada veio como parte de um processo maior e interno na vida da atriz, que chegou a ter dublê de coxa. “Sobre o corpo, a primeira coragem é a gente ver que não está bom [como é tratada]”, ensina ela, que abandonou os filtros e retoques de fotos. Paolla também passou a não ligar para as críticas na internet, como as muitas que recebeu quando começou a postar seus looks para os ensaios de Carnaval, ano passado – rainha de bateria da Grande Rio, ela deu um show na avenida e foi o grande nome do evento.
“A gente sempre tem espaço para se mover dentro da nossa própria vida. Ficar acomodada infeliz é que não pode” diz ela, que assume ter deixado de fazer algumas coisas. “Mas valeu porque cada tijolinho me trouxe até aqui”, completa.