Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2025
O papa também falou de sua "dor" após as notícias de "novos e violentos ataques que atingiram várias cidades e infraestruturas civis na Ucrânia"
Foto: ReproduçãoO papa Leão XIV pediu “coragem”, neste domingo (12), aos que trabalham no plano de paz para Gaza, enquanto líderes mundiais se preparam para participar de uma cúpula na segunda-feira para discutir o fim do conflito.
“O acordo para iniciar o processo de paz trouxe uma centelha de esperança à Terra Santa”, disse o pontífice, nascido nos Estados Unidos, ao final da oração do Angelus de domingo.
“Encorajo as partes envolvidas a prosseguirem corajosamente no caminho rumo a uma paz justa e duradoura que respeite as aspirações legítimas dos povos israelense e palestino”, afirmou.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, presidirão uma cúpula na segunda-feira no balneário de Sharm el-Sheikh com o objetivo de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.
Os líderes internacionais discutirão a implementação da primeira fase de um cessar-fogo, dois anos após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou uma contraofensiva israelense que matou mais de 67.000 palestinos.
“Dois anos de conflito deixaram morte e destruição por toda parte, especialmente nos corações daqueles que perderam brutalmente seus filhos, seus pais, seus amigos, tudo”, disse o papa.
Ele também pediu a Deus que nos ajude a “alcançar o que agora parece humanamente impossível: redescobrir que o outro não é um inimigo, mas um irmão a quem podemos olhar, perdoar e oferecer a esperança da reconciliação”.
O papa também falou de sua “dor” após as notícias de “novos e violentos ataques que atingiram várias cidades e infraestruturas civis na Ucrânia, causando a morte de pessoas inocentes, incluindo crianças”. “Meu coração está com a população sofredora, que vive em angústia e privação há anos”, afirmou, e pediu mais uma vez “o fim da violência”.
Kiev afirma que os esforços diplomáticos para pôr fim à invasão russa na Ucrânia estagnaram nos últimos meses, em parte porque a atenção global se voltou para a guerra em Gaza.
No sábado (11), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, instou Trump a negociar a paz na Ucrânia assim como no Oriente Médio, afirmando que, se o presidente americano conseguiu deter “uma guerra em uma região, certamente outras guerras também poderão ser detidas, incluindo a guerra da Rússia”.