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Por Redação O Sul | 28 de março de 2021
A explosão ocorreu às 9h26, hora local, quando uma moto se aproximou da entrada lateral do prédio no final da missa do Domingo de Ramos.
Foto: Reprodução“Rezemos por todas as vítimas da violência, em particular as do atentado ocorrido esta manhã na Indonésia, em frente à Catedral de Makassar.” Foi o pedido do Papa Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, no final da missa na manhã deste Domingo de Ramos (28), início da Semana Santa.
O balanço é de que pelo menos 14 pessoas foram feridas no atentado suicida realizado na manhã deste domingo contra a Catedral do Sagrado Coração de Jesus em Makassar, na província oriental de Sulawalesi do Sul, na Indonésia.
Atentado ao final da missa
A explosão – informam fontes da polícia – ocorreu às 9h26, hora local, quando uma moto se aproximou da entrada lateral do prédio no final da missa do Domingo de Ramos. O autor do atentado teria morrido. “Aconteceu no final da missa, quando as pessoas estavam voltando para casa”, declarou aos jornalistas o sacerdote Wilhelmus Tulak.
Esta não é a primeira vez que as igrejas indonésias são alvo de extremistas islâmicos na Indonésia, País de maioria muçulmana mais populoso do mundo.
Em maio de 2018, seis membros de uma família “explodiram” em três igrejas, uma católica e duas protestantes em Surabaya, a segunda maior cidade do País, matando uma dúzia de fiéis. A família era membro do grupo jihadista Jad (Jamaah Ansharut Daulah) e o ataque foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico.
País é multi-religioso, multiétnico e multicultural
A sociedade indonésia é multi-religiosa, multiétnica e multicultural, tanto que o lema do País é “unidade na diversidade”, uma peculiaridade que tem contribuído para o caráter historicamente tolerante do Islã no País, que sempre esteve acostumado a viver com pluralismo. Esta tolerância também beneficiou a comunidade católica, que representa pouco mais de 3% da população.