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Brasil Para agradar a aliados, Bolsonaro já discute a substituição de pelo menos três ministros

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General da reserva Luiz Eduardo Ramos pode deixar a Casa Civil. (Foto: Divulgação/PR)

A fim de atender a cobranças feitas por líderes do Centrão no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já discute com aliados um novo pacote de mudanças em pelo menos três ministérios, incluindo a Casa Civil, atualmente chefiada pelo general da reserva Luiz Eduardo Ramos. Eles pressionam por distribuição de cargos.

No bloco, as legendas de sustentação a Bolsonaro na Câmara dos Deputados e no Senado consideram Ramos  como um dos principais responsáveis pelas dificuldades no atendimento de demandas políticas. Isso inclui nomeações de interesse dos parlamentares e no andamento de ações do governo em suas bases eleitorais.

Uma mudança na Casa Civil, de acordo com esses líderes, seria a peça central de uma minirreforma ministerial. Estão em análise também trocas no Meio Ambiente e no Turismo.

Os “caciques” do Centrão avaliam que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acumulou desgastes ao longo de sua gestão e ficou ainda mais fragilizado com a operação da Polícia Federal que investiga a atuação de agentes públicos para favorecer madeireiras.

Já a pasta do Turismo é alvo de cobiça política graças à capacidade de realizar ações nos estados e municípios onde os parlamentares têm interesses eleitorais. O atual titular, Gilson Machado, foi uma escolha pessoal de Bolsonaro.

A pressão pelas trocas (em especial no que se refere à Casa Civil) tem partido de aliados do presidente na Câmara e no Senado, mas principalmente neste último, onde cobram mais influência na composição de um governo que não tem nenhum senador entre seus ministros. Já a Câmara tem cinco titulares na Esplanada dos Ministérios.

Futuro próximo

Articuladores políticos do governo dizem que Bolsonaro deve decidir nos próximos 30 dias se fará essas alterações e se incluirá a Casa Civil na minirreforma. Ponderam que o presidente pode resistir a trocar Ramos, uma vez que os dois têm uma relação próxima.

Os parlamentares do “Centrão” levaram ao presidente queixas sobre o trânsito político do general na Câmara e no Senado. Reclamam também da lentidão de ações do governo sob supervisão do ministro.

A Casa Civil costuma ser uma das pastas mais influentes no desenho da Esplanada. O ministro que ocupa o posto é tradicionalmente o principal conselheiro do presidente, um interlocutor de peso com o Congresso e uma espécie de gerente dos programas implementados pelo governo federal.

Nos planos do “Centrão”, Ramos poderia ser trocado por um político ou um nome avalizado pelos parlamentares. A ideia é que, assim, esse grupo de partidos tenha participação direta nas decisões tomadas no Palácio do Planalto.

Um dos argumentos dos políticos é que a mudança ajudaria a azeitar a máquina do governo para a disputa eleitoral de 2022. Além de acelerar obras e investimentos nos redutos dos parlamentares, a troca teria o objetivo de ampliar a divulgação dessas ações e implantar uma gestão “com foco em resultados”, nas palavras de um senador governista.

Para alguns parlamentares alinhados ao Planalto, a falta de habilidade política de Bolsonaro e seus principais auxiliares desgasta o governo e cria dificuldades para a corrida presidencial do ano que vem. Esse enfraquecimento tende a se refletir também nas campanhas dos deputados e senadores que escolheram se aliar ao presidente.

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