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Armando Burd PARA DERRUBAR O GOVERNO

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Neste mês estão sendo assinalados 60 anos da Revolta de Jacareacanga, provocada por militares da Aeronáutica contrários ao presidente da República, Juscelino Kubitschek, que recém havia tomado posse.

A 11 de fevereiro de 1956, um sábado de Carnaval, oficiais da Aeronáutica, liderados pelo major Haroldo Veloso e pelo capitão José Chaves Lameirão, tomaram um avião Beechcraft do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, e o desviaram para a base militar de Jacareacanga, no Pará, tentando um golpe. A revolta terminou no dia 29 do mesmo mês.

O levante teve origem na inconformidade de militares ligados à União Democrática Nacional com a vitória da dobradinha Juscelino e João Goulart a 3 de outubro de 1955.

Acusavam os eleitos de estarem muito próximos de forças da esquerda e que isso poderia abrir caminho para a transformação do Brasil em um país comunista.

A 17 de fevereiro, os rebeles já controlavam Santarém, Cachimbo, Belterra, Itaituba e Aragarças, contando com apoio das populações locais. O movimento se fortaleceu com a adesão de um oficial da Aeronáutica, major Paulo Victor da Silva, que fora enviado de Belém para combatê-los.

O governo teve dificuldades devido à reação de oficiais da Aeronáutica, que se recusavam a participar da repressão. Após 19 dias, a rebelião foi controlada pelas tropas legalistas, com a prisão de seu principal líder, o major Haroldo Veloso. Os outros líderes conseguiram escapar e se asilar na Bolívia. Todos os rebelados foram beneficiados pela anistia ampla e irrestrita, concedida logo depois pelo Congresso Nacional, a pedido do presidente Juscelino.

CARREIRA

Em 1954, o major Velloso coordenou a construção da pista de Jacareacanga, abrindo caminho para a rota do Correio Aéreo Nacional do Rio de Janeiro até Manaus. O árduo trabalho por toda a Amazônia fez com que se tornasse o oficial mais reconhecido na Região Norte. Daí sua grande influência sobre os militares que serviam nos aeródromos da rota, além de caboclos e índios, muito contratados para a abertura de campos de pouso.

Em dezembro de 1959, Velloso participou também da Revolta de Aragarças. Com os mesmos objetivos de Jacareacanga, foi debelada em 36 horas. Seus líderes fugiram para o Paraguai, Bolívia e Argentina, apenas retornando ao Brasil em 1961.

Em 1964, Velloso solicitou sua passagem para a reserva no posto de brigadeiro.

 

 

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