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Geral Para entorno de Lula, “aventura militar” na Guiana seria o fim do governo Nicolás Maduro na Venezuela

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Assessores do presidente Lula afirmam que uma invasão da Guiana para tomar o Essequibo seria o fim de Maduro, com a consequente deposição. (Foto: Reprodução)

A comitiva brasileira chefiada pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, ainda estava no avião, a caminho de São Vicente e Granadinas, quando o debate sobre a missão diplomática foi iniciado. O que seria considerado um sucesso para o encontro entre Venezuela e Guiana? Em tom bem-humorado, e levando em consideração a escalada retórica, um dos integrantes afirmou que uma foto de Nicolás Maduro no aeroporto do país já seria o suficiente. No decorrer das reuniões, porém, a realidade foi outra, bem mais favorável ao Brasil, que buscava diminuir as tensões. Pressionado, o presidente venezuelano assinou um compromisso, junto ao governo de Georgetown, de renunciar a qualquer uso da força.

Após participar do papel de mediação, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entendem que Maduro enxergou o momento como uma forma de “descer da árvore” sem a possibilidade de cair. Assessores do presidente Lula afirmam que a concretização das ameaças, ou seja, a invasão da Guiana para tomar o Essequibo, seria o fim do presidente, com a consequente deposição. Por isso, esses integrantes do governo Lula afirmam que uma “aventura militar”, palavras usadas por diplomatas e militares brasileiros, não é visto como provável.

Durante as reuniões da manhã em Kingstown, em São Vicente e Granadinas, e até mesmo em negociações precedentes, houve um alinhamento dos países do Caribe, que formam o Caricom, para conter as pretensões de Maduro.

O mesmo também ocorreu com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), presidida por São Vicente e Granadinas. Embora Maduro tenha saído do encontro se declarando vencedor, integrantes do governo que viajaram para São Vicente e Granadinas avaliam que houve um alinhamento diplomático a favor da Guiana.

No dia do encontro, por volta das 17h, as nações que acompanharam a reunião começaram a rascunhar os parágrafos dos pontos da declaração entre os dois países. Os tópicos foram sendo, aos poucos, sedimentados, com ajustes reivindicados de parte a parte. O Brasil sugeriu, assim como outros países, a inclusão do compromisso de não haver uso da força.

Segundo informações do jornal O Globo, desde o primeiro momento o objetivo do Brasil era baixar a temperatura da crise. A avaliação do governo brasileiro é que isso de fato ocorreu com a realização da reunião e, sobretudo, com elaboração do documento em Kingstown.

No Palácio do Planalto, o caminho a ser perseguido continua a ser esse. Para a segunda rodada de conversas, que ocorrerá no Brasil em três meses, é importante a continuidade o diálogo, destacam integrantes do governo. No longo prazo, a ideia do governo Lula é “embalar o assunto e deixar quieto” – ou seja, esperar até que a Venezuela pare de reivindicar o território do país vizinho com ameaças.

O governo avalia, porém, que o assunto pode e deve retornar à pauta às vésperas das eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 2024. No estudo de caso da disputa territorial, a diplomacia brasileira entende que a Guiana tem mais “lastro” histórico e documental para defender o território de Essequibo, embora haja dúvidas sobre a seriedade do Laudo Arbitral de Paris, de 1899, que definiu as fronteiras atuais com ganho de causa à Guiana — resultado que a Venezuela passou a denunciar a partir de 1949, quando vieram à tona evidências de maquinação entre Londres e um dos juízes-árbitros.

Desde o princípio da escalada das tensões, que culminou com a tentativa de anexar Essequibo por decreto, o Brasil tentou pressionar Maduro a recuar. Nesse sentido, as iniciativas mais importantes foram a declaração dos países do Mercosul para evitar atos “unilaterais”, o telefonema de Lula a Maduro e o agendamento da reunião em São Vicente e Granadinas. As informações são do jornal O Globo.

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