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Brasil Para evitar turbulências no Congresso, o governo quer atrair aliados dos candidatos derrotados às presidências da Câmara e do Senado

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O governo Bolsonaro não pretende retaliar quem votou em adversários nas eleições no Congresso. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Após um apoio explícito a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado e Arthur Lira (PP-AL) na Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto já se prepara para acolher parlamentares que votaram em candidatos que fizeram campanha com discurso crítico ao Planalto. O plano, segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), é evitar que eventuais ressentimentos da disputa interna no Congresso se reflitam em próximas votações.

Além da agenda de bandeiras do governo, a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro faz surgir a necessidade de garantir uma proteção minimamente segura contra um eventual pedido de impeachment.

De acordo com auxiliares do presidente, Bolsonaro não tem a intenção de retaliar aqueles que votaram nos adversários de seus aliados. A avaliação é que o momento é para o Executivo evitar o confronto e compor com deputados e senadores que votaram contra o governo de olho na aprovação de medidas consideradas essenciais.

“Vamos tratar todos que quiserem como base do governo”, declarou Ricardo Barros antes das votações.

A liberação de emendas parlamentares e distribuição de cargos na administração federal envolveu a barganha por apoio aos candidatos preferidos do Planalto nas eleições no Congresso. Mas a conta deverá ficar mais alta na negociação para votações futuras.

Na área econômica, o governo pouco fez pela aprovação de reformas nos últimos tempos. Agendas como as reformas administrativa e tributária e autonomia do Banco Central são citadas como bandeiras pela equipe econômica, mas o Planalto tem atuação tímida em favor delas.

O governo também depende do Congresso para levar adiante a privatização da Eletrobras e dos Correios. No Planalto, o discurso é que essas pautas podem estancar a crise econômica e evitar o aprofundamento de uma crise política. Mais do que isso, é essencial para que Bolsonaro comece a pensar com tranquilidade no projeto da reeleição em 2022.

“Reformas, privatização da Eletrobras, privatização dos Correios, regularização fundiária, muito importante para gente”, disse o presidente no final de semana.

Para ser aprovada, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) precisa ser votada em dois turnos com votos favoráveis com 3/5 em cada Casa. Na Câmara, são necessários pelo menos 308 votos. No Senado, a matéria precisa ser aprovada com votos de pelo menos 49 dos 81 senadores. Pacheco obteve 57 votos na eleição desta terça, mas foi apoiado por partidos de oposição ao governo Bolsonaro, como o PT e o PDT.

Os articuladores políticos do Planalto estão abertos a conversar, portanto, a conversar com apoiadores dos adversários do candidatos governistas, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Os dois, inclusive, são correligionários dos líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (TO).

Após a vitória de Pacheco, no início da noite, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, foi às redes sociais parabenizar a vitória do aliado no Senado. Ele escreveu que acompanhou, ao lado de Bolsonaro, “o desenrolar de um processo legítimo e democrático na tarde de hoje”. “É com base nesses princípios que seguiremos articulando em busca do desenvolvimento do nosso País!”, escreveu Ramos.

No Senado, o clima da eleição para o comando dos trabalhos nos próximos dois anos transcorreu de forma mais pacífica do que na Câmara – numa inversão do que aconteceu no começo de 2019.

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