Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2017
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, criticou nesta sexta-feira (7) declarações de dirigentes tucanos de que o governo do presidente Michel Temer está próximo do fim.
Na Alemanha, onde acompanha participação do presidente no G20, ele afirmou que nem os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva foram tratados pelo PSDB como o partido tem se referido ao peemedebista.
“Do ponto de vista dos interesses do Brasil, não poderia haver ocasião mais inoportuna para os recentes ataques de dirigentes do PSDB ao presidente da República, quando ele representa nosso país na cúpula do G20. Nem Lula nem Dilma tiveram esse tratamento de nossa parte quando éramos oposição”, disse nas redes sociais.
Nesta quinta-feira (6), o presidente interino do PSDB. Senador Tasso Jereissati (CE), disse considerar que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pode conduzir o país em uma transição até a próxima eleição presidencial, em 2018.
No mesmo dia, em fala a um grupo de investidores, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que, se depender da tramitação da denúncia contra o peemedebista, “dentro de 15 dias o país terá um novo presidente”.
Preocupado com o fortalecimento da articulação para que Maia assuma o Palácio do Planalto, Temer pediu aos ministros tucanos que saiam em defesa dele.
A solicitação foi feita em reunião ministerial, na quarta-feira (6), véspera de sua viagem para a Alemanha.
Temer impedido de voltar a hotel durante G20
Enquanto líderes das principais economias do mundo se deslocavam à filarmônica de Hamburgo para ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven, manifestantes escalaram a tensão nesta sexta-feira (7), em protestos contrários à cúpula do G20.
A polícia orientou o presidente do Brasil, Michel Temer, a desistir de voltar ao hotel por razões de segurança. Ele foi diretamente à apresentação musical, depois das reuniões do dia.
O metrô está fechado e todos os acessos foram bloqueados, impedindo inclusive a saída dos participantes do evento.
O governo alemão prevê 100 mil manifestantes até o fim do evento, neste sábado (8). Há 20 mil policiais deslocados para a proteção da cúpula, e o governo alemão pediu reforços. Uma policial ouvida pela reportagem disse que sua prioridade era proteger os líderes de governo, e não o restante das pessoas –por isso era impossível deixar a área.
Mais cedo, o grupo das primeiras-damas teve que mudar seus planos, para evitar os protestos.
Há diversos grupos de manifestantes, incluindo grupos radicais, desafiando as forças de segurança em barreiras policiais. Caminhões com tanque de água impedem a passagem.
O precedente que preocupa as autoridades é a cúpula do G8 de 2001 em Gênova, onde 200 mil pessoas entraram em conflito com a polícia. Um manifestante italiano de 23 anos foi morto.
O governo alemão chegou a ser criticado nos últimos dias por organizar o G20 em Hamburgo, a segunda maior cidade alemã. As cúpulas em geral são realizadas em regiões mais afastadas do centro e, assim, mais manejáveis. (AE/Folhapress)