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Brasil Para o presidente da OAB, Bolsonaro age com crueldade e deboche

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Ministério Público queria que Felipe Santa Cruz (foto) respondesse por calúnia por ter dito que Moro "aniquila" independência da Polícia Federal e "banca o chefe da quadrilha" (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente da OAB (Ordem do Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, afirmou nesta segunda-feira (29) que o presidente da República, Jair Bolsonaro, “deixa patente seu desconhecimento sobre a diferença entre público e privado” e demonstra “traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia”.

Em entrevista à imprensa, Bolsonaro afirmou que contaria a Santa Cruz como o pai do jurista desapareceu na ditadura militar, caso ele quisesse. O presidente disse que Santa Cruz “não vai querer saber a verdade” sobre o pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, que desapareceu em 1974.

Em resposta a Bolsonaro, Santa Cruz divulgou uma carta em que diz que, “lamentavelmente, temos um presidente que trata a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro – e debocha do assassinato de um jovem aos 26 anos”.

O pai do presidente da OAB militou no movimento estudantil, participou da Juventude Universitária Católica e depois integrou a Ação Popular, organização de esquerda contrária ao regime militar.

Fernando desapareceu em um encontro que teria no Rio de Janeiro, em 1974, com um colega militante, Eduardo Collier Filho, da mesma organização. Segundo o livro “Direito à Memória e à Verdade”, produzido pelo governo federal, Fernando e o colega foram presos juntos em Copacabana por agentes do DOI-CODI-RJ em 23 de fevereiro daquele ano.

“Meu pai era da juventude católica de Pernambuco, funcionário público, casado, aluno de Direito. Minha avó acaba de falecer, aos 105 anos, sem saber como o filho foi assassinado. Se o presidente sabe, por ‘vivência’, tanto sobre o presente caso quanto com relação aos de todos os demais ‘desaparecidos’, nossas famílias querem saber”, afirmou Santa Cruz na carta.

Santa Cruz disse ainda que “é de se estranhar tal comportamento em um homem que se diz cristão” e classificou as declarações do presidente como “inqualificáveis”.

“Por fim, afirmo que o que une nossas gerações, a minha e a do meu pai, é o compromisso inarredável com a democracia, e por ela estamos prontos aos maiores sacrifícios. Goste ou não o presidente”, completou o presidente da OAB.

Antes de falar sobre o pai de Santa Cruz aos jornalistas, Bolsonaro criticou a atuação da OAB no caso de Adélio Bispo e perguntou qual era a intenção da entidade. Segundo o presidente, a entidade teria impedido o acesso da Polícia Federal ao telefone de um dos advogados do autor da facada contra ele.

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https://www.osul.com.br/para-o-presidente-da-oab-bolsonaro-age-com-crueldade-e-deboche/ Para o presidente da OAB, Bolsonaro age com crueldade e deboche 2019-07-29
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