Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2016
Após a maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidir tornar réu o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o plenário da Casa foi tomado por manifestações de partidos da oposição e da base – PSDB, PPS e PSOL –, pedindo o afastamento do peemedebista do cargo de presidência.
“Temos um presidente da Câmara dos Deputados que está sendo investigado pela própria Casa, pelo Conselho de Ética e, mais grave ainda, réu no Supremo. É um grave constrangimento que todos estamos vivendo”, disse o líder da bancada tucana, Antônio Imbassahy (BA).
Os deputados voltaram a criticar manobras de Cunha e aliados para atrapalhar o funcionamento do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que só conseguiu acatar a representação contra Cunha na madrugada de quarta-feira, depois de quatro meses em tramitação no colegiado.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), cobrou que o Conselho de Ética possa funcionar sem “chicanas” da tropa de choque de Cunha. Ele acusou o peemedebista de tentar se blindar e intimidar integrantes do colegiado.
“Estamos vivendo uma situação insustentável e até inacreditável. É hora de uma profunda reflexão, que envolva a todos, porque ultrapassamos todos os limites toleráveis e inimagináveis. Temos hoje presidindo o Parlamento brasileiro alguém que tem como principal característica a amoralidade”, disse Henrique Fontana (PT-RS).