Quarta-feira, 17 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de junho de 2021
Netanyahu é o primeiro-ministro que ficou mais tempo no comando do país
Foto: ReproduçãoO Parlamento de Israel ratificou, neste domingo (13), uma nova coalizão de governo e retirou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu do poder.
O Knesset se reuniu em uma sessão especial para que o líder da oposição, o centrista Yair Lapid, e o chefe da direita radical, Naftali Bennett, apresentassem a equipe do novo governo, que, em seguida, foi ratificada em votação. Bennet é o novo premiê.
A coalizão é bastante heterogênea, incluindo dois partidos de esquerda, dois de centro, três de direita e um árabe. A frente foi formada com o principal objetivo de derrubar Netanyahu e conseguiu uma apertada maioria: 60 votos a favor, 59 votos contra e uma abstenção.
Netanyahu, de 71 anos, está sendo julgado há um ano por suspeita de corrupção. Protestos pedindo a sua renúncia ocorrem há meses. O último deles foi na noite de sábado (12). Em frente à sua residência oficial em Jerusalém, os manifestantes não esperaram a votação no Parlamento para celebrar a “queda” do “rei Bibi”, o apelido de Netanyahu, que foi chefe de governo de 1996 a 1999 e de 2009 a 2021.
Transição pacífica
A nova coalizão será liderada por Bennett, chefe do partido de direita Yamina, nos primeiros dois anos, e depois por Lapid por um período equivalente.
O Likud, de Netanyahu, se comprometeu com uma “transição pacífica de poder”. Depois das últimas eleições legislativas em março, a oposição se uniu contra Netanyahu e surpreendeu ao conquistar o apoio do partido árabe Raam, do líder moderado Manssur Abbas.
“O governo trabalhará para toda a população, religiosa, laica, ultraortodoxa, árabe, sem exceção”, prometeu Bennett.