Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2021
Isabelle Joschke é uma velejadora franco-alemã.
Foto: Reprodução/InstagramA velejadora franco-alemã Isabelle Joschke, que participava da regata de volta ao mundo em solitário Vendee Globe está navegando rumo a um porto brasileiro, ainda não definido, em busca de refúgio e apoio. Atualmente ela se encontra a mais de 1.000 milhas de terra, na latitude de Porto Alegre. O nome do seu veleiro de 60 pés de comprimento é MACSF.
Segundo o jornal Süddeutsche Zeitung, a franco-alemã era a melhor mulher da circunavegação Vendée Globe, mas seu barco não aguentava mais as ondas.
A velejadora chegou a relatar, segundo a publicação alemã, a dificuldade que estava tendo com o barco, que, de acordo com a atleta de 43 anos, era “brutal”.
Ela ainda tinha 5.000 milhas náuticas pela frente, quando precisou desistir de sua circunavegação após sérios danos à quilha. Estava entre as dez primeiras colocações como a mulher mais rápida no Vendée Globe, e aparentemente tinha potencial para se manter no topo, mesmo com a constante necessidade de reparos no barco.
Foi no sábado que os problemas aumentaram, com o cilindro hidráulico que a ajudaria a empurrar a quilha giratória contra o vento quebrou. Ela também relatou dificuldades com os ventos fortes, o frio e a falta de sono.
O francês Yannick Bestaven, também participante do circuito, perdeu a vantagem de 400 milhas náuticas em uma folga na costa também no Brasil, no nível do Rio de Janeiro. Além disso, os seis primeiros barcos estavam a apenas algumas milhas náuticas um do outro, após quase 70 dias no mar. Eles devem retornar à costa atlântica francesa, preferencialmente juntos, para mais 8.000 quilômetros.
Ajuda
O velejador brasileiro Fernando Costa, para ajudar a velejadora, divulgou um pedido de ajuda para a alemã. Segundo ele, a situação da velejadora está sob controle, mas como o veleiro está fazendo água e a quilha basculante está inoperante, há ameaça à sua estabilidade.
Ele fez uma alerta aos velejadores brasileiros que vivem em cidades ribeirinhas, em especial entre o Rio de Janeiro e Salvador da Bahia.
“Atenção todos os navegantes itinerando ao largo da costa brasileira”, disse ele. “Peço-lhes, em nome da solidariedade que sempre existiu entre os humanos de todos os tempos e lugares, em especial no coração da brava gente marinheira, que a ajudem no que for preciso e necessário, para garantir a segurança de sua pessoa e embarcação”, pediu Costa.
“Boa sorte para a corajosa Isabelle e um grande abraço a todas as brasileiras e brasileiros que a ajudarem”, finalizou.