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Política Partidos que somam dois terços do Congresso não querem o voto impresso

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As siglas representam cerca de dois terços do Congresso Nacional, em um total de 326 deputados federais e 55 senadores

Foto: José Cruz/Agência Brasil
As siglas representam cerca de dois terços do Congresso Nacional, em um total de 326 deputados federais e 55 senadores. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Em reunião na manhã do último sábado (26), presidentes de 11 partidos políticos acordaram um posicionamento conjunto em defesa do sistema eleitoral com urna eletrônica, rechaçando a necessidade de adoção de voto impresso para apuração dos resultados.

As siglas representam cerca de dois terços do Congresso Nacional, em um total de 326 deputados federais e 55 senadores.

Participaram da videoconferência de pouco mais de uma hora, em ordem alfabética, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD), Luciano Bivar (PSL), Luis Tibé (Avante), Marcos Pereira (Republicanos), Paulinho Pereira da Silva (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e Valdemar Costa Neto (PL).

Parte dessas bancadas apoia o presidente Jair Bolsonaro, principal crítico da atual tecnologia e entusiasta do voto de papel.

“É uma sinalização institucional desses partidos no sentido da confiança no atual modelo de votação e apuração do voto eletrônico. Não é uma discussão entre governo e oposição, é institucional”, disse o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. “Esses presidentes vão compartilhar e atuar nas suas bancadas nesse sentido, o que já é algo muito relevante do ponto de vista político.”

De acordo com Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, “todos concordam que as urnas são seguras”. “Vamos falar com as bancadas”, explicou. Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab confirmou a realização da reunião e da deliberação em defesa do sistema eletrônico de votação.

Discussão

Trata-se da maior articulação partidária até agora em rejeição à proposta defendida por Bolsonaro e seus aliados – a deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, é autora de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que torna “obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.

Para ser aprovada, a PEC precisa dos votos de 308 deputados e 49 senadores. Ainda que não consigam unanimidade dentro de suas siglas, os dirigentes partidários conseguiriam uma mobilização suficiente para impedir que a emenda tenha esse quórum de parlamentares favoráveis à proposta.

O presidente do Solidariedade, Paulinho Pereira da Silva, disse que o partido fechará questão contra o voto impresso e acredita que, com essa reunião de partidos que somam mais de 300 deputados, “o assunto está liquidado”.

“O Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais modernos e seguros do mundo. Mudar essa estrutura agora é retroceder em conquistas muito importantes para a democracia brasileira”, afirmou ACM Neto, presidente do DEM.

“O que podemos fazer nas próximas eleições é discutir com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] uma quantidade maior de urnas eletrônicas disponibilizadas para auditoria e ter um compromisso dos partidos de acompanhar de fato esse trabalho no dia da apuração”, disse o deputado.

 

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