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Brasil Partidos recebem quase 5 milhões de reais em recursos públicos e não elegem nenhum candidato

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Mesmo com recursos públicos para fazer campanha, PSTU, PCO, PCB e UP tiveram insucesso nas eleições municipais. (Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

Beneficiados com cerca de R$ 4,8 milhões do fundo eleitoral — pouco mais de R$ 1,2 milhão para cada — PSTU, PCO, PCB e UP não conseguiram eleger nenhum vereador e prefeito em todo o País na eleição municipal de 2020.

Sem representação no Congresso, as siglas nanicas tiveram seu desempenho afetado por recentes mudanças na legislação eleitoral, como a cláusula de barreira, que limita o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV. No entanto, pela legislação, seguem tendo direito aos recursos especiais para campanhas. Ao todo, cerca de R$ 4,8 milhões foram recebidos por essas legendas.

Parcela desses partidos vem perdendo a já pequena representatividade nos legislativos locais pleito após pleito. Em 2016, o PCB havia conseguido eleger Osiel Gomes Batista para uma das vagas de vereador em Nossa Senhora do Socorro, no Sergipe. Este ano, o feito não foi repetido.

Já o PSTU e PCO repetiram o mesmo resultado de quatro anos atrás: não eleger nenhum representante. Em 2012, os socialistas elegeram dois vereadores, enquanto os comunistas não fizeram nenhum candidato desde então.

Para este pleito, o  PSTU lançou 50 candidatos a prefeito e 108 a vereador. O número de candidatos a uma vaga no Legislativo municipal foi menor que em  2016, quando foram lançados 227 nomes, enquanto o total de postulantes a prefeito permaneceu estável.

O partido recebeu 34 mil votos para o cargo de prefeito, 0,02% dos votos contabilizados em todo o País. Cerca de 10% desses votos foram de Cyro Garcia, candidato no Rio de Janeiro que teve mais de 3 mil votos.

O insucesso nas urnas foi compartilhado com o estreante Unidade Popular, o UP. Responsável por lançar 15 candidatos a prefeitos e 100 a vereador, recebeu recebeu 16,9 mil votos em todo o País, mais que o registrado pelo PCO, com seus 38 candidatos.

A divisão de 98% dos recursos do Fundo Eleitoral leva em consideração o número de votos de cada partido na eleição anterior e a representatividade no Congresso. Apenas 2% são divididos de forma igualitária entre as siglas com registro válido seis meses antes da eleição.

Decisões judiciais

Em 102 cidades do Brasil, os candidatos à prefeitura atingiram a maioria dos votos, mas ainda não podem ser declarados vitoriosos. Isso porque eles tiveram o registro indeferido e aguardam uma decisão da Justiça Eleitoral. Um terço dos casos ocorreu em São Paulo. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes à eleição deste domingo (15).

Veja as cidades com situação indefinida:

– São Paulo: Angatuba, Anhembi, Apiaí, Cajati, Fernando Prestes, Guaíra, Itaoca, Leme, Luís Antônio, Mendonça, Mineiros do Tietê, Panorama, Piacatu, Pinhalzinho, Piraju, Reginópolis, Salmourão, Santo Antônio do Jardim, Sete Barras, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Trabiju, Uchoa e Vargem.

– Santa Catarina: Anita Garibaldi e Petrolândia.

– Rio Grande do Sul: Capão da Canoa, Pinheiro Machado, Putinga, Santa Bárbara do Sul e Tiradentes do Sul.

– Rio Grande do Norte: Guamaré e Santana do Seridó.

– Rio de Janeiro: Carapebus, Duque de Caxias, Magé, Paraíba do Sul, Silva Jardim, Varre-sai, Volta Redonda.

– Paraná: Agudos do Sul, Barra do Jacareí, Castro, Guamiranga, Jaguariaíva, Laranjal, Munhoz de Melo, Nova Prata do Iguaçu, Paranaguá e Pinhais.

– Piauí: Murici dos Portelas e São Miguel da Baixa Grande.

– Pernambuco: Capoeiras, Ilhas de Itamaracá, Palmares, Palmeirina, Pesqueira e Tuparetama.

– Paraíba:

– Cachoeira dos Índios, Gado Bravo e Princesa Isabel.

– Pará: Belterra, Breves, Colares, Goianésia do Pará, Juruti e Santo Antônio do Tauá e Tomé-Açu.

– Mato Grosso: Torixoréu.

– Mato Grosso do Sul: Angélica, Bandeirantes, Paranhos e Sidrolândia.

– Minas Gerais: Antônio Carlos, Campestre, Ibertioga, Itabira, Japaraíba, Lamim, Mariana, Pedra do Anta, São Gonçalo da Sapucaí e Virginópolis.

– Maranhão: Bacuri, Lago do Junco e Paulino Neves.

– Goiás: Iporá e Pirenópolis.

– Espírito Santo: Boa Esperança.

– Ceará: Juazeiro do Norte, Missão Velha, Pedra Branca, Senador Sá.

– Bahia: Brejolândia, Firmino Alves, Santa Cruz Cabrália e Uruçuca.

– Amapá: Porto Grande.

– Amazonas: Santa Isabel do Rio Negro.

– Alagoas: Arapiaca e Campo Grande.

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https://www.osul.com.br/partidos-recebem-quase-5-milhoes-de-reais-em-recursos-publicos-e-nao-elegem-nenhum-candidato/ Partidos recebem quase 5 milhões de reais em recursos públicos e não elegem nenhum candidato 2020-11-16
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