Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
As próximas horas serão decisivas para o futuro do presidente Michel Temer. É o tempo que líderes de partidos que são os pilares de sua base no Congresso nacional terão para decantar as acusações feitas por Joesley Batista, dono da JBS/Friboi, ao peemedebista. Conforme a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, PSDB e DEM, principais aliados do governo, decidiram que, se desembarcarem, o farão juntos. O gesto, por si só, aniquilaria o apoio a Temer no Parlamento.
Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do DEM, Agripino Maia (RN), combinaram de falar sobre a situação do governo neste domingo. Cientes de que o risco de debandada é altíssimo, aliados de Michel Temer decidiram passar o fim de semana em Brasília tentando segurar o efeito manada na base do governo.
Alguns nomes do PSDB e do DEM avaliaram o novo pronunciamento de Temer nesse sábado. “Foi uma tentativa de resistir aos fatos e à pressão popular. Pode ter algum efeito na opinião pública, que está revoltada também com a JBS”, afirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Sílvio Torres (SP).
Na linha do discurso do presidente, ele considerou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) tem cometido “alguns equívocos, em razão da pressa”.
O vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), criticou o empresário Joesley Batista, dono da JBS, que fechou acordo de delação premiada no qual apresenta gravação em que Temer daria aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Estamos diante de uma situação absolutamente inusitada. Enquanto o País amarga a pior crise das últimas décadas, delatores bilionários estão livres no exterior para usufruir o dinheiro amealhado de forma espúria dos brasileiros”, disse o parlamentar.