Por Redação O Sul | 13 de março de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A mistura nas redes sociais de notícias falsas com opiniões exacerbadas sobre questões políticas tem elevado o reservatório de um combustível altamente inflamável. O país anda mergulhado em problemas que exigem soluções, a começar pelo índice assustador de desempregados. Porém, o que mais aparece é o bate-boca que nada acrescenta. Até a líder do governo na Câmara dos Deputados, Joice Hasselmann, integrante do time que pede briga, reconheceu ontem, em entrevista à Folha de São Paulo, que “chegará a hora de baixar o tom nas redes”. Nesta conta, inclui o presidente Jair Bolsonaro. Ela sabe o que é perigo.
Governo capricha nos motivos
A Assembleia Legislativa aceitou, ontem à tarde, o veto do Executivo ao projeto, aprovado a 18 de dezembro do ano passado, que permite a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol e nos ginásios de esportes. Os argumentos do governador Eduardo Leite foram convincentes: 1) a proibição imposta pelo Estatuto do Torcedor; 2) os prejuízos à saúde; 3) os dados técnicos da Brigada Militar, demonstrando que a violência nos estádios diminuiu desde 2008, quando o consumo cessou.
Vai mais uma aí?
A pressão das cervejarias, da Federação Gaúcha de Futebol e de dirigentes de clubes pela rejeição não funcionou, mas voltarão à carga. Pela manhã, conversaram com líderes de bancadas e, na próxima semana, será formada comissão especial para redigir novo projeto que abra brechas ao consumo de bebidas alcoólicas.
Fonte do Palácio Piratini declarou que, se houver aprovação, o Executivo vetará novamente por uma questão de coerência.
No sentido contrário
Um grupo de deputados vai forçar dois movimentos: 1) que os clubes com orçamentos altos paguem a segurança prestada pela Brigada Militar dentro dos estádios. Nos dias de jogos, os contingentes são deslocados e inúmeros bairros ficam sem policiamento; 2) que a EPTC faça fiscalização com bafômetros na saída dos jogos. Há torcedores que se embriagam nos bares do entorno do estádio e depois assumem a direção de automóveis.
Polêmica garantida
O deputado Edson Brum foi escolhido, ontem, como relator da proposta de emenda constitucional que elimina a realização de plebiscito para privatização de estatais.
Guinada
Se depender do governador de São Paulo, João Doria, o PSDB vai mudar de nome, alterar o programa, ficando mais na faixa da centro-direita, e constranger os históricos para que tomem outro rumo, a começar por Aécio Neves. A maioria dos tucanos gaúchos segue o que Doria decidir.
Não se contêm
Bastou o presidente Bolsonaro anunciar que vai liberar 1 bilhão de reais em emendas e deputados federais impacientes passaram a acompanhar o Diário Oficial da União linha por linha, fazendo plantão na boca do cofre.
Pouco tempo
O Congresso Nacional começa a tratar da reforma da Previdência e pretende, logo depois, tratar das questões tributárias. Qualquer modificação na lei eleitoral precisará ocorrer até um ano antes da ida às urnas. Portanto, restam seis meses e meio para chegarmos a outubro. Equivale a dizer que as regras do jogo para a escolha de prefeitos e vereadores, a 4 de outubro de 2020, serão as mesmas de 2018.
Só rindo
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro abriu CPI da Crise Fiscal. Precisará promover audiências em presídios, onde estão recolhidos dois ex-governadores, mais deputados e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
Grandes momentos
A programação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre foi anunciada ontem, prevendo 62 apresentações. Tem convites para concertos em julho na Colômbia e no Panamá. O presidente da Fundação, Luís Roberto Ponte, e o maestro Evandro Matté formam dupla afinada.
Sem medo de turbulências
Políticos experientes, com muitas decolagens e aterrissagens, confessam: quem sonha uma vez com o poder sonha o resto da vida.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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