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Brasil Pasto na Amazônia aumenta 74% em 30 anos. Entenda a relação entre a pecuária e o desmatamento na floresta

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"Os focos de incêndios na Amazônia são visivelmente o que mais preocupa", diz o presidente do Itaú Unibanco. (Foto: Fotos Públicas)

As queimadas são apenas uma das etapas do ciclo de uso da terra na Amazônia. Depois do desmate, se nada de novo acontecer, a floresta pode se regenerar. Uma floresta secundária, no entanto, nunca será como uma original, mesmo que uma parte da biodiversidade consiga se restabelecer. Mas, na prática, o que acontece é que a mata não tem tempo de crescer de novo.

Em áreas alvo de exploração irregular, o primeiro passo é a retirada de árvores menores, depois as maiores, e na sequência o fogo é usado para abrir espaço para o pasto. O resultado dessa prática criminosa em terras amazônicas é uma alta de 74% nas áreas de pasto nos últimos 30 anos, de acordo com dados do Mapbiomas. Estima-se que 80% das áreas desmatadas sejam usadas para esse fim.

Uma floresta pode voltar a ser floresta?

Sim, mas demora muito tempo. O mais antigo dos indígenas Karipuna, Aripã, diz que não tem medo dos madeireiros porque depois de um tempo a floresta volta a crescer. Eles diz que é o pasto que acaba com a terra.

De acordo com Carlos Rittl, “a estrutura de biodiversidade demora centenas de anos para se recuperar, mas a estrutura de recomposição florestal pode demorar algumas décadas”.

Segundo o coordenador do Observatório do Clima, isso não é motivo para não criar planos de recuperação da floresta. “O manejo voltado para a recuperação dessas áreas pode acelerar determinados processos, pode ajudar no ponto de vista de carbono e melhorar a biodiversidade, mesmo que não volte a ser o que era antes.”

Quando a Amazônia vira pasto?

Depois do processo de queimada, para evitar que novas sementes de árvores voltem a germinar, os agricultores usam o pasto, que cresce rápido, para começar a produção pecuária.

É necessário desmatar para aumentar a produção?

Estudo publicado pela revista Science em julho deste ano mostra que o Brasil tem 50 milhões de hectares vazios. Essa área foi degradada e abandonada muitas vezes pelo agronegócio.

Para Rittl, as áreas já afetadas são suficientes para resolver a questão da expansão da produção agropecuária, sem precisar derrubar mais qualquer árvore.

“São áreas que, se houver um bom manejo de solo, elas podem oferecer espaço suficiente inclusive para a expansão da produção de alimentos e para outras atividades, por exemplo, o plantio de árvores para fins energéticos, mas hoje, infelizmente, se avança em áreas de vegetação natural”, completa Rittl. As informações são do site G1.

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https://www.osul.com.br/pasto-na-amazonia-aumenta-74-em-30-anos-entenda-a-relacao-entre-a-pecuaria-e-o-desmatamento-na-floresta/ Pasto na Amazônia aumenta 74% em 30 anos. Entenda a relação entre a pecuária e o desmatamento na floresta 2019-10-16
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