Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2015
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou como “factoide juridicamente ridículo” a decisão de partidos de oposição pedirem à PGR (Procuradoria-Geral da República) investigação da presidenta Dilma Rousseff e de seu ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) pelo crime de extorsão. Segundo ele, a tentativa da oposição é atingir a honra da presidenta e de um ministro do Estado.
Cardozo disse que a base para o pedido dos oposicionistas, a delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, já foi feita no âmbito de uma investigação, a Operação Lava-Jato e, por isso, não é necessário pedir investigação de algo que já está sendo investigado. “É triste a tentativa de utilizar o Ministério Público e a Operação Lava-Jato para algo que é um verdadeiro nonsense jurídico”, disse o ministro à reportagem.
Sem consenso sobre um pedido de impeachment de Dilma, PSDB, DEM, PPS e SDD também pedirão o compartilhamento do conteúdo da delação premiada de Pessoa, com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O intuito é confirmar as suspeitas que envolvem a campanha de Dilma à reeleição.
Os oposicionistas consideram que o governo achacou o empreiteiro, obrigando-o a doar recursos para a campanha de Dilma com o objetivo de se manter no esquema de corrupção na Petrobras. Desta forma, segundo a oposição, a presidenta e Edinho Silva teriam cometido crime de extorsão. Em delação premiada, Pessoa disse que doou 7,5 milhões de reais à campanha de Dilma por temer prejuízos em seus negócios com a Petrobras. O montante foi doado legalmente. Pessoa disse que tratou da contribuição com Edinho. (Folhapress)