Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2015
Com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB- RJ), a ala da sigla favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff já articula a antecipação, de março para janeiro, da convenção nacional do partido que deve decidir o seu rompimento com o governo federal.
Em retaliação a movimento do Palácio do Planalto para restituir Leonardo Picciani (RJ) à liderança da bancada da sigla na casa, os peemedebistas mobilizam diretórios estaduais a solicitarem formalmente a medida, nos próximos dias, à Executiva Nacional do PMDB.
O grupo calcula que pelo menos 15 de seus membros, de Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, já se mostram favoráveis à alteração na data.
Para antecipar a convenção, o regimento interno da legenda prevê dois dispositivos: convocação extraordinária pela Executiva Nacional ou então por uma parcela mínima de um terço (nove) dos diretórios estaduais. “O relacionamento com o governo federal está em ebulição e obviamente o partido discutirá se continua ou não aliado”, defendeu Cunha.
Com o apoio do vice-presidente Michel Temer, Picciani foi destituído da liderança do PMDB. Em seu lugar foi colocado Leonardo Quintão (MG), relator do novo código de mineração e que teve as suas duas últimas eleições financiadas com quase 2 milhões de reais de empresas do setor. (Folhapress)