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Rio Grande do Sul Pela primeira vez, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa gaúcha será presidida por uma mulher negra

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(Foto: Paulo Garcia/AL-RS)

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul será presidida pela deputada Laura Sito, do PT. A decisão ocorreu no último dia 14, durante a sessão plenária. A parlamentar será a primeira mulher negra a comandar os trabalhos do colegiado.

À frente da comissão, a deputada atuará “de forma contundente na denúncia do extermínio da juventude negra, no combate à fome, no enfrentamento à violência contra as mulheres e na defesa dos povos e comunidades tradicionais”, segundo o Legislativo gaúcho. Ainda, como primeira ação, Laura Sito fará uma visita à Terra indígena Guarita, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Após a decisão, Laura comentou: “fico feliz de ser a primeira mulher negra a presidir essa comissão. A casa precisa estar conectada à retomada de uma agenda de direitos no país. Nós não queremos mais virar estatísticas, queremos nosso bem viver!”.

Mais sobre a deputada

Mãe do Pedrinho, jornalista, servidora municipal de Porto Alegre, Laura Sito foi a vereadora mais jovem e a primeira mulher negra eleita pelo PT de Porto Alegre. Atualmente é a representante do Brasil na Frente Parlamentar de Combate à Fome da FAO/ONU da América do Sul e Caribe. E, agora, aos 31 anos, fará parte da 56° legislatura como a deputada negra mais jovem da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Enquanto vereadora, Laura também foi a primeira mulher negra a compor a Mesa Diretora e a primeira mulher negra a presidir uma sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Entre suas propostas de trabalho, Laura deverá atuar ao lado de mulheres e homens na luta contra a fome e a pobreza. Além disso, segundo informações da AL-RS, ela vai trabalhar com um olhar mais cuidadoso sobre as pautas das mães gaúchas e, também, na defesa dos direitos humanos.

Projeto de Lei

Laura Sito protocolou o Projeto de Lei que torna o líder quilombola, Manoel Padeiro, o primeiro herói rio-grandense. Até o momento, o Rio Grande do Sul não reconheceu lideranças negras gaúchas como heróis e heroínas do estado. O PL tem como objetivo instituir o dia 16 de junho como data comemorativa oficial no calendário, em memória a este importante líder da resistência à escravidão, conhecido como “Zumbi dos Pampas”.

A iniciativa busca evidenciar, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, com o Movimento Negro, academia, quilombolas e comunidades escolares que, nomes como o de Manoel Padeiro, Preta Roza, Oliveira Silveira, Lanceiros Negros e outras figuras importantes para a construção da história e identidade dos gaúchos sejam reconhecidas. Mas que, também, a proposta seja o início de um diálogo permanente para ampliar o simbolismo e o debate sobre a importância da Lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira dentro das disciplinas em diferentes níveis de educação.

É exatamente por isso que, reconhecer o legado e a luta de Manoel Padeiro como um herói gaúcho é uma forma de recontar a história do nosso estado por outra perspectiva, incluindo o protagonismo dos homens e das mulheres negras. “Nosso povo é de luta, nosso Estado tem heróis e heroínas que construíram caminhos em busca da liberdade. Os ancestrais resistiram e nós continuamos resistindo para evidenciar que pessoas negras fizeram e, ainda, fazem parte da história do Rio Grande do Sul, e nós pretendemos contar todas elas”, comenta a deputada Laura Sito. As informações são da AL-RS.

 

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