Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2020
Pela primeira vez na história, a OMC (Organização Mundial do Comércio) será comandada por uma mulher. Duas mulheres, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e a sul-coreana Yoo Myung-hee, são as candidatas finalistas na disputa pela direção geral da OMC, anunciou nesta quinta-feira (8) o organismo.
Os dois nomes foram anunciados oficialmente pelo porta-voz da OMC, Keith Rockwell, na sede da organização em Genebra.
Organização em crise
A vencedora deve ser definida no início de novembro e irá assumir a vaga deixada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, que renunciou um ano antes do esperado, no final de agosto.
A organização, em crise devido em parte aos ataques do governo do presidente americano Donald Trump, sempre foi comandada por homens. O organismo comercial de 25 anos de existência nunca teve uma mulher ou alguém da África como líder.
Apoio da União Europeia
As duas receberam forte apoio da União Europeia (UE) esta semana, depois que a Hungria – que a princípio respaldava Liam Fox, ex-ministro britânico do Comércio Exterior e pró-Brexit, e a candidata queniana Amina Mohamed – se alinhou com os demais membros da UE.
O saudita Mohammed Al Tuwaijri também foi eliminado.
Ngozi Okonjo-Iweala, 66 anos, foi a primeira mulher de seu país a comandar os ministérios das Finanças e das Relações Exteriores. Ela é formada em Economia e também foi diretora de operações do Banco Mundial.
Até recentemente, ela também presidiu a Aliança Global para Imunização e Vacinação (GAVI, na sigla em inglês) e liderou um dos programas da Organização Mundial da Saúde de luta contra a Covid-19.
Yoo Myung-hee, 53 anos, é a primeira mulher de seu país a dirigir o ministério do Comércio.
Em 1995, ela assumiu as questões da OMC neste ministério e depois coordenou as negociações sobre acordos de livre comércio, em particular o pacto entre China e Coreia do Sul. Também trabalhou na embaixada da Coreia do Sul na China (2007-2010). As informações são da agência de notícias AFP.