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Por Redação O Sul | 3 de julho de 2018
A imprensa internacional deu destaque ao Brasil no torneio na Rússia, que ao contrário de candidatos ao título, como Argentina, Alemanha e Espanha, segue vivo no Mundial. A vitória dos comandados de Tite por 2 a 0, contra o México, no dia 2, em Samara, colocou o Brasil pela sétima vez consecutiva nas quartas de final de um Mundial. Nenhuma outra seleção esteve em todas as quartas desde o torneio dos Estados Unidos em 1994.
O histórico recente gerava preocupação, já que o México havia vencido sete dos últimos 12 confrontos com a Seleção Brasileira em competições oficiais. No maior dos palcos do futebol, porém, prevaleceu o peso da camisa verde-amarela. A classificação na Rússia não só gera alívio como mantém uma escrita: em Mundiais, a Seleção pentacampeã não se permite ser eliminada por potenciais zebras.
Desde a edição de 1982, na Espanha, quando foi adotado o cruzamentos de mata-matas para definir os finalistas, o Brasil chegou a quatro decisões de títulos. Quando ficou fora da briga pela taça, caiu para adversários que foram pelo menos até a semifinal. Isso não impediu a Seleção Brasileira de viver verdadeiras tragédias, o 7 a 1 contra a Alemanha, a maior delas, mas as quedas sempre foram para times de ponta.
Brasil “antizebra’ em Mundiais
Espanha-1982: Eliminado na segunda fase de grupos pela Itália, que se sagraria campeã.
México-1986: Eliminado nas quartas de final pela França, que parou na semi.
Itália-1990: Eliminado nas oitavas de final pela Argentina, que seria vice-campeã.
Estados Unidos-1994: Brasil campeão.
França-1998: Brasil vice-campeão, perdeu a final para os donos da casa.
Coreia do Sul e Japão-2002: Brasil campeão.
Alemanha-2006: Eliminado nas quartas de final pela França, que foi finalista.
África do Sul-2010: Eliminado nas quartas de final pela Holanda, que foi finalista.
Brasil-2014: Eliminado na semifinal pela Alemanha, que foi campeã.
Adversário do Brasil
A Bélgica, adversária do Brasil nas quartas de final, não perde há 23 jogos. Sua última derrota foi há quase dois anos, em setembro de 2016, em amistoso contra a Espanha – a estreia do técnico Roberto Martínez no comando da seleção. Desde então, são 18 vitórias e cinco empates.
Divide com o Uruguai o privilégio de ter 100% de aproveitamento na competição. Mas faz campanha melhor do que os uruguaios no saldo de gols – e mesmo tendo usado time reserva contra a Inglaterra, que também poupou titulares.
É o melhor ataque do Mundial. Já soma 12 gols – média de três por partida. Em oito de seus últimos dez jogos, fez ao menos três gols. Parece evidente que não é uma seleção fraca. O leitor mais atento vai lembrar, com toda a razão: “E daí, continua sendo um time que nunca ganhou nada”. Verdade. A tal super geração belga, carregada de superlativos ao longo dos últimos anos, não transformou expectativa em títulos: caiu nas quartas de final de 2014, para a Argentina, e fracassou na Euro de 2016 ao tombar diante do País de Gales.
Mas um dos chavões do futebol (ou da vida) diz que é na derrota que se aprende, e a Bélgica, contra o Japão, conseguiu evitar um fiasco que destruiria a imagem construída por esse elenco. A derrota por 2 a 0, em idos do segundo tempo, virou vitória por 3 a 2, com o gol da vitória na prorrogação. Bem ou mal, foi um sinal de maturidade de um time que parece ter aprendido a apanhar – e a reagir.
A vitória saiu do banco. Os dois últimos gols foram marcados por Fellaini e Chadli, mandados a campo no segundo tempo por Martínez. Esta foi a segunda demonstração de força do elenco, mais do que dos 11 titulares; a anterior foi a vitória de 1 a 0 sobre a Inglaterra com nove reservas formando o time belga.