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Brasil Pelo menos dois dos invasores do celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro, respondem a processos por estelionato, falsificação de documentos, furto qualificado e receptação de um veículo furtado

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O DJ Guto Dubra (E) e Walter Delgatti Neto. Investigações mostram que alvos da Polícia Federal já foram detidos em pelo menos outras três ocasiões. (Foto: Reprodução de internet)

Os dois principais suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, já eram bastante conhecidos nos meios policiais de Araraquara, interior de São Paulo, onde residiam. Walter Delgatti Neto, de 30 anos, o “Vermelho”, teve oito passagens nos últimos sete anos pelos órgãos policiais, mas nem todas viraram processos. Em um dos casos mais remotos, ele teria feito o pagamento de uma conta em um hotel de Piracicaba, no valor de R$ 740, com um cartão de crédito furtado. O crime, cometido em julho de 2012, foi julgado em 2015 e resultou em condenação.

Um policial que interrogou Delgatti pelo menos duas vezes disse que ele insinuava relações de amizade, procurando se mostrar uma pessoa influente. Nessa ocasião, “Vermelho” tinha sido acusado de dopar e estuprar uma adolescente, mas a jovem acabou mudando a versão e o caso não avançou.

Delgatti ainda responde a processos por furto qualificado, estelionato e falsidade ideológica. Em um dos casos, ele dizia ser estudante da USP (Universidade de São Paulo), usando uma carteira falsa – os dados eram do aluno verdadeiro. Em outra ação criminal, ele foi acusado de ter furtado o cartão bancário de um advogado e usado para fazer uma série de compras, incluindo poltrona, cabeceira de cama e roupas para quarto.

“Vermelho” usava as redes sociais para ostentação. As imagens mostravam o rapaz em viagens ao exterior. Em uma das postagens, apareceu empunhando uma pistola. A polícia descobriu depois que era um simulacro. “Ele alegou que adquiriu o “brinquedo” porque temia ser alvo de ladrões, por ser “bem de vida.” Na época, ele tinha vários carros, inclusive uma BMW.

Mais recentemente, Delgatti passou a usar redes sociais para criticar a Operação Lava-Jato e o governo Bolsonaro. “Vermelho” ainda está filiado ao DEM de Araraquara, mas o partido afirma que ele nunca teve atuação partidária. A advogada Mariani de Cassia Almas, que defende Walter Delgatti Neto em alguns de seus processos, disse que desconhecia qualquer aptidão de seu cliente para crimes cibernéticos. Ela disse que a prisão por esse motivo a surpreendeu, mas o cliente não a tinha procurado para atuar no caso.

DJ Guto

Outro preso, Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, o DJ Guto Dubra, foi condenado por receptação de uma caminhonete furtada em 2015. O veículo teve as placas adulteradas para poder rodar sem ser detectado. A família dele é conhecida no bairro Selmi Dei, periferia da cidade. A prisão chegou a causar surpresa, pois ninguém imaginava que aquele rapaz poderia estar envolvido em “algo grande”. A mulher dele, Suelen Priscila de Oliveira, de 25 anos, também presa, não tinha passagens pela polícia.

Gustavo e Delgatti tinham relacionamento de amizade. Em 2015, os dois foram detidos em no parque temático Beto Carrero World, em Santa Catarina, e em um dos carros foram encontradas munições e uma carteira falsa da Polícia Civil, que teria sido comprada em um camelô, em São Paulo. Gustavo e a mulher dele, Suelen, que também estava na viagem, foram ouvidos como testemunhas e Delgatti Neto ganhou mais um processo.

Danilo Cristiano Marques, morador do Jardim Paineiras, em Araraquara, que também foi preso, é apontado como um amigo antigo de Delgatti Neto. Ele foi testemunha de defesa do “Vermelho” em dois processos criminais.

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