Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2015
Com o bloqueio das contas do Rio Grande do Sul pelo Tesouro Nacional, o governo gaúcho “perdeu a condição de gerenciamento das contas públicas”, disse na quarta-feira o secretário-geral do Estado, Carlos Búrigo. O bloqueio foi feito na terça-feira após o governo de José Ivo Sartori atrasar mais uma vez o pagamento da parcela da dívida com a União, que deve ser paga até o último dia do mês.
Os principais afetados com o congelamento das finanças são hospitais públicos, a área de segurança e prefeituras. A Brigada Militar, por exemplo, será afetada porque fornecedores de combustível para a corporação não vão receber do governo. O transporte escolar também está prejudicado, já que 10 milhões de reais não foram repassados às prefeituras, segundo a Famurs (Federação das Associações dos Municípios do RS).
“Não temos condições nenhuma de atender as necessidades dos que precisam de recursos públicos”, disse Búrigo ao citar “saúde, educação e segurança”. Com o bloqueio, foram sequestrados 60 milhões de reais dos cofres públicos gaúchos e toda arrecadação será sequestrada até atingir os 263 milhões de reais da parcela da dívida de julho, que corresponde a 13% de toda receita líquida do Estado.
Sartori optou por pagar os salários atrasados em 12 dias para os servidores e atrasar a quitação da dívida. Em crise financeira, o RS tem atrasado o pagamento da dívida desde abril. Búrigo estima que até a semana que vem as contas devam ser desbloqueadas com o ingresso da receita do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vindo do comércio. (Folhapress)