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Brasil Pés de Marta de 2007 sumiram e o segundo convite surpreendeu a rainha

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Marta na verdade deixou pegadas pela segunda vez. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Um dia após a segunda homenagem de Marta na Calçada da Fama do Maracanã, o Consórcio Maracanã S.A. (atual administradora do estádio) e a Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro, responsável pelo Maraca até 2013) não souberam responder, nesta terça-feira, onde está a primeira placa com os pés da atacante, gravada em 2007. Ou seja, a homenagem à Rainha sumiu – e, por isso, teve que ser refeita.

Na manhã de segunda-feira, a concessionária enviou um comunicado à imprensa convocando jornalistas para uma cerimônia com Marta à tarde e o anúncio: “a jogadora será a primeira mulher a ter um registro na calçada da fama do Tour Maracanã”. Durante o evento, em nenhum momento foi lembrado pelos organizadores que a camisa 10 já havia deixado sua marca há 11 anos, logo após ganhar a medalha de ouro do Pan com a Seleção.

Mas, ao chegar no Maracanã na tarde de segunda, Marta ficou surpresa ao saber que a placa de gesso de 2007 não estava mais exposta no estádio, ao lado de homenagens a ídolos como Pelé, Garrincha e Zico. Pessoas que trabalham com a alagoana chegaram a questionar a organização sobre a falta de referências à primeira homenagem, mas ouviram a explicação que o molde antigo dos pés não havia sido repassado à concessionária pelo governo do Estado em 2013, quando o Maracanã passou a ser administrado pelo consórcio.

Nem o Consórcio Maracanã S.A. nem a Suderj conseguiram explicar onde foi parar a primeira placa de gesso com os pés de Marta. Em comunicado oficial, a concessionária afirmou “não recebeu o primeiro molde feito em 2007 pela Suderj”. O órgão estadual, por sua vez, se limita a dizer que não sabe onde o item foi parar: “A placa dos pés da jogadora Marta não consta no patrimônio da Suderj”. E mais nenhuma explicação.

Marta entrou para a Calçada da Fama, pela primeira vez, em 26 de julho de 2007, após a conquista do ouro no Pan Americano. A elaboração da primeira placa foi uma iniciativa de Eduardo Paes, então secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro na época e que depois seria prefeito da cidade entre 2008 e 2016.

Durante as obras para a Copa do Mundo de 2014, o acervo histórico do Maracanã ficou trancado em suas dependências, sem exposição ao público. E quando a atual concessionária privada assumiu a administração do estádio em 2013, parte das peças foi realocada no museu, enquanto outra parte foi transferida, sob aval do governo – caso da estátua de Zico, que agora está no Ninho do Urubu, CT do Flamengo -, ou acabou perdida.

O novo molde dos pés da Rainha é uma tentativa de aumentar o acervo atual, que não conta com todas as peças originais, recebidas ou gravadas na época em que a Suderj era a responsável pelo Maracanã.

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