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Por Redação O Sul | 12 de junho de 2021
A cidade de Yogyakarta, na Indonésia, viu as infecções e hospitalizações por dengue caírem 77% e 86%, respectivamente, após estudo que inseriu uma bactéria presente em moscas de frutas em mosquitos da região. Pesquisa publicada no New England Journal of Medicine englobou 2,5 milhões de pessoas.
Foi verificado por pesquisadores que a bactéria Wolbachia, encontrada também em insetos, impede a propagação do vírus no Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Como resultado, a infecção em pessoas picadas também se espalha de forma branda.
Estudos mostraram que este método é eficaz para prevenir outras doenças transmissíveis por meio de mosquitos como a zika, chikungunha ou a febre amarela.
“É o resultado que esperávamos há muito tempo. Temos a prova de que o método Wolbachia é confiável”, disse Scott O’Neill, diretor do Programa Mundial do Mosquito, da universidade australiana Monash, que dirigiu o estudo
Estudo
Cientistas introduziram a bactéria em uma população de mosquitos em algumas regiões de Yogyakarta para medir como a infecção de pessoas de entre 3 e 45 anos acontecia. Depois, o teste foi ampliado para toda a cidade e para regiões vizinhas, englobando uma população de 2,5 milhões de pessoas.
Os cientistas esperam que este método seja uma arma decisiva no combate a essa doença que provoca dores musculares, febre e náuseas e, nos casos mais graves, hemorragias e inclusive a morte. A dengue é a doença transmissível por mosquitos que se propaga mais rápido, com mais de 50 milhões casos por ano, oito deles, na Indonésia.