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Brasil Pesquisa sobre as taxas médias dos grandes bancos mostrou que a diferença entre o menor e o maior juro foi de apenas 0,99 ponto percentual em dezembro

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Banco melhorou a estimativa de queda do Produto Interno Bruto de 5,9% para 4,5% em 2020. (Foto: Reprodução)

Sob pressão da concorrência, as instituições financeiras estão cobrando juros semelhantes no crédito imobiliário. Pesquisa sobre as taxas médias dos grandes bancos mostrou que a diferença entre o menor e o maior juro foi de apenas 0,99 ponto percentual em dezembro, até o dia 18.

O Bradesco teve a menor taxa entre as grandes instituições, com 7,3% ao ano. O Itaú ofereceu um juro apenas 0,15 ponto maior que o do rival, com taxa média de 7,45%.

A Caixa aparece com 7,5%, o Santander, com 7,99% e o Banco do Brasil, com 8,29% ao ano. Dados do Banco Central relativos a novembro mostram situação semelhante.

Competição acirrada

Os bancos se preparam para uma competição ainda mais acirrada no crédito imobiliário em 2020. O ano que está para acabar representou uma amostra do aumento da concorrência no mercado, alimentada tanto pela retomada da economia quanto pela longevidade dos juros baixos.

Um dos termômetros desse aquecimento é a portabilidade do crédito imobiliário. Os dados do Banco Central mostram que, no caso dos financiamentos no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que concentra o maior número de operações, o volume das transferências de contrato de uma instituição para outra subiu mais de cinco vezes em um ano, entre outubro de 2018 e o mesmo mês deste ano.

Os números do BC apontam um salto nessas operações: de R$ 29,5 milhões portados no décimo mês de 2018 para R$ 168,3 milhões em outubro de 2019. Em todo o ano de 2018, houve transferências de R$ 271,8 milhões. Neste ano até outubro, a portabilidade de crédito imobiliário já alcança volume de R$ 610 milhões.

“A concorrência está aumentado e tem muita busca por portabilidade, os bancos estão brigando por portabilidade”, afirma o fundador do site especializado em crédito imobiliário Melhortaxa, Rafael Sasso. Conforme o executivo, embora a maior parte dos cortes da taxa Selic já tenha sido repassada pelos bancos para suas linhas de financiamento habitacional, o aumento de competição e o aquecimento do mercado imobiliário devem pressionar por mais reduções. “As taxas vão cair mais conforme a demanda cresça e a concorrência fique mais acirrada.”

Uma análise da quantidade de solicitações de portabilidade e das operações realmente efetivadas sugere que os bancos estão dispostos a brigar pelos clientes. Neste ano até outubro, o número de pedidos alcançou 7,7 mil, mas apenas 29%, ou seja, 2,3 mil foram realizados, segundo o BC. “As solicitação são muito maiores do que as efetivações, porque, em muitos casos, o próprio banco cobriu [a oferta rival]”, avalia Sasso.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, deixa bem clara a intenção de sustentar a liderança nas concessões de financiamentos habitacionais recém-recuperada. “Quando assumi [o banco] estávamos em terceiro lugar e não éramos mais líder há algum tempo na taxa SBPE [com recursos da poupança]”, afirma. “A sensibilidade é que não estávamos oferecendo produtos que o mercado demandava e taxas que refletiam a melhora da economia.”

Em 2018, em novas concessões de crédito para aquisições, a Caixa ficou em quarto lugar com um volume de R$ 9,1 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Quem liderou o ranking no ano passado foi o Bradesco, com produção de R$ 10,8 bilhões, seguido por Itaú Unibanco, que originou R$ 9,9 bilhões, e Santander, com R$ 9,1 bilhões. O Banco do Brasil ocupou a quinta colocação, com R$ 4,6 bilhões.

Melhor que o esperado

“Este ano veio melhor do que a gente havia previsto”, afirma Cristiane Portella, diretora do Itaú Unibanco e presidente eleita da Abecip. O mercado de financiamento para aquisição de imóveis cresceu 30% em volume financeiro entre janeiro e outubro comparado ao mesmo período de 2018. “No fim do ano passado, estimávamos crescimento de 20%”, pondera.

Cristiane sugere que, diante do cenário de aceleração econômica, melhora das condições de emprego, retomada do ciclo imobiliário e baixo custo do crédito para aquisições, o próximo ano pode ser ainda mais forte. “Para 2020 a gente estima que, pelo menos, se repita o crescimento de 2019, mas pode ser melhor”, afirma.

Em um cenário macroeconômico mais positivo e de maior interesse dos bancos, “acredito que possa haver alguma redução [de taxas finais] para frente, mas não da mesma magnitude” da ocorrido recentemente, avalia a diretora do Itaú. Conforme Cristiane, os bancos tendem a ser cautelosos em baixar as taxas mais do que 7% ao ano.

“O mercado trabalha, principalmente, com um ‘funding’ de poupança para operações de longo prazo. Em uma eventual volta da Selic para a faixa de 8,5% ao ano, a caderneta volta a render 6% ao ano mais TR e, por isso, temos de prever esse movimento”, explica.

A Caixa tem liderado o movimento de redução das taxas desde o início do ciclo de queda da Selic. No último corte, o banco estatal baixou o juro mínimo da linha para 6,5% logo após a decisão do BC que levou a taxa básica para 4,5% ao ano neste mês.

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