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Economia Petrobras: saiba quem é o gerente demitido por corrupção e que agora foi nomeado interino

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Luís Fernando Nery já despachava desde junho como assessor da presidência. (Foto: Stéferson Faria/Agência Petrobras)

A Petrobras escolheu Luís Fernando Nery para comandar interinamente a Gerência Executiva de Comunicação da estatal no dia 1º de outubro. O movimento acontece meses depois que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, tentou nomear o executivo para o comando da gerência em abril, mas esbarrou em regras de conformidade da empresa.

Nery trabalhou na Petrobras entre 2015 e 2016, ocupando o mesmo cargo, mas foi demitido em 2019, quando uma investigação interna revelou desvios de verbas de publicidade e eventos.

Segundo o estatuto da estatal, não pode ser indicado a cargos de administração quem tenha cometido “falta grave relacionada ao descumprimento do Código de Ética, Guia de Conduta, Manual do Programa Petrobras de Prevenção à Corrupção ou outros normativos internos”.

Agora, como gerente, ele deve administrar uma verba de aproximadamente R$ 150 milhões, destinada justamente à contratação de agências de publicidade, comunicação e patrocínios.

Prates argumenta internamente que a nomeação de Nery é uma indicação pessoal do presidente Lula. Embora o executivo só possa ocupar o cargo de interino por 180 dias, ele já comanda a área de comunicação desde fevereiro. Nos últimos cinco meses, Nery trabalhou como assessor especial da Presidência, recebendo cerca de R$ 63 mil de salário.

Além das suspeitas de desvio de verba, outro acontecimento marcante na carreira de Nery foram as denúncias de que ele teria usado o cargo para pressionar a Portela a escolher sua mulher como rainha de bateria em 2016. Naquele ano, a Petrobras patrocinava as escolas de samba do Rio de Janeiro.

Luis Fernando Maia Nery é ligado a Wilson Santarosa, que também ocupou a gerência de comunicação da Petrobras entre 2003 e 2015, período compreendido pelos governos Lula e Dilma Rousseff.

Mantém ainda conexão estreita com a Frente Única dos Petroleiros (FUP), que, exerce forte influência na cúpula da Petrobras na gestão Prates.

O agora gerente executivo foi alvo de uma comissão interna de apuração (CIA) da estatal após o jornal O Globo revelar, em 2016, que a companhia gastou mais de R$ 1 milhão em valores da época com ingressos em camarotes no carnaval baiano para políticos e auxiliares da então presidente Dilma Rousseff, além de patrocinar o trio elétrico de um parente do chefe de gabinete do ex-presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli.

Ele foi demitido em maio de 2019 em um acordo com a Petrobras, feito antes do final das investigações. Quando a apuração terminou, em maio de 2020, o relatório final concluiu que Nery foi responsável pelas irregularidades e deveria ter sido demitido por justa causa, mas obviamente isso já não era mais possível.

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https://www.osul.com.br/petrobras-saiba-quem-e-o-gerente-demitido-por-corrupcao-e-que-foi-nomeado-interino/ Petrobras: saiba quem é o gerente demitido por corrupção e que agora foi nomeado interino 2023-11-01
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