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Por Redação O Sul | 29 de agosto de 2015
O PIB (Produto Interno Bruto) recuou 1,9% no segundo trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores, e o País entrou na chamada recessão técnica, que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado). Os números foram divulgados nessa sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa retração de 1,9% é a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando a economia também registrou o mesmo recuo. Neste trimestre, contribuíram para o desempenho negativo da economia a queda dos investimentos (-8,1%) e do consumo das famílias (-2,1%). Em contrapartida, o consumo do governo registrou alta de 0,7%. Na análise dos setores, todos registraram queda, puxada pela indústria, que teve retração de 4,3%, pela agropecuária, de 2,7%, e pelos serviços, de 0,7%.
Já no segundo trimestre de 2014, a baixa foi ainda mais profunda, de 2,6%, a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando o recuo foi de 2,6%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre do ano alcançou 1,43 trilhão de reais.
O resultado do PIB foi pior que o esperado pelo mercado, indicando que a retração da economia em 2015 poderá ser maior do que a queda de 2,06% projetada por diversos economistas e analistas.
Recessão técnica
Na prática, a classificação de recessão técnica serve como um termômetro para medir o desempenho da economia. Isso porque, segundo economistas, não são apenas dois resultados negativos seguidos que indicam a recessão, mas o conjunto de indicadores negativos, como aumento do desemprego, queda na produção e falência de empresas.
O Brasil havia registrado uma recessão técnica no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial. (AG)