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Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2016
O Palácio do Planalto não tem expectativa de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seja afastado do cargo por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). A avaliação interna de auxiliares da presidenta Dilma Rousseff é de que são remotas as chances de os ministros da Corte acatarem o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) sob argumento de que Cunha está impedindo as investigações contra ele próprio, porque o peemedebista é apenas investigado na Operação Lava-Jato, e não réu deste processo na Corte.
O jornal Folha de S.Paulo afirmou que o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, sinalizou ao governo que Cunha não deve ser afastado pelo plenário do Supremo por falta de elementos para a decisão. Aliados do presidente da Câmara afirma que ele não teme uma ordem de afastamento já que, na visão do deputado, o pedido da PGR é “fraco” e não apresentou provas suficientes contra ele.
Além disso, disseram que Cunha estranhou a conversa entre Lewandowski e o Planalto, o que indicaria interferência do governo na Lava-Jato. Procurado, ele não quis comentar. Fontes do Executivo relataram que há expectativa de que a denúncia contra Cunha seja aceita, o que o transformaria em réu. Essa decisão cabe ao plenário da Corte, pois o parlamentar, como presidente da Câmara, só pode ser julgado pelo colegiado completo.