Sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2017
Os policiais militares que salvaram uma recém-nascida, que se afogou numa caixa d’água, em Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, tinham passado por um curso de socorrista há três meses, em Mato Grosso. A criança, de apenas 3 dias de vida, ficou aproximadamente 7 minutos dentro da água, até que foi socorrida e recebeu atendimento. O caso foi na sexta-feira (27).
Segundo a Polícia Militar, a menina foi encaminhada para um hospital em Alto Boa Vista e transferida para Goiânia, onde vai passar por exames. A princípio, conforme a PM, a criança não teve nenhuma sequela ou problema grave por conta do afogamento.
O tenente que ajudou no salvamento, Marcelo de Oliveira Conde, declarou que existe a suspeita que alguém tenha jogado a criança na caixa d’água. A primeira informação que se teve é que a menina tinha sido furtada, porém, a família encontrou o bebê dentro da caixa d’água da casa. A Polícia Civil deve ouvir os familiares para entender o que aconteceu e se alguma pessoa jogou o bebê na água.
“Foi impactante para nós. Quando entramos na residência encontramos o pai em desespero com a filha nos braços. Em outubro de 2016 fizemos um estágio de capacitação de socorrista e foi o que me veio na [cabeça] naquela hora, o que aprendemos no curso. Como o conteúdo ainda estava fresco, foi primordial para o atendimento da ocorrência”, declarou Conde.
A mãe do bebê teria se ausentado para tomar banho. O outro filho dela, de 8 anos, estava assistindo televisão. A tia da criança chegou ao local e chamou a polícia ao perceber que o bebê havia sumido. “Antes de entrar na viatura eu pedi para que me dessem o bebê. Fizemos massagem e ela [a criança] começou a expulsar o líquido que ela tinha ingerido. Ela ficou submersa por um período de quase 10 minutos”, lembrou o tenente.
Foi a mulher do tenente, que é médica na cidade, que fez os primeiros atendimentos na criança. Naquele dia, o quarteirão da casa foi isolado para investigação policial e perícia técnica. “A caixa d’água fica no chão e possui tampa. Não tinha como ela [a criança] se locomover, a probabilidade é que alguém tenha jogado a menina na caixa d’água”, argumentou o tenente. (AG)