Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2016
Atento em formar uma ampla base aliada no Congresso com a distribuição de vagas para outros partidos na Esplanada, o vice-presidente Michel Temer desagradou a bancada do seu partido, o PMDB, na Câmara dos Deputados com a sinalização de que os parlamentares terão direito a escolher dois ministros caso o Senado confirme o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
O aceno com duas pastas, feito ao líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ), na noite de terça-feira, mostraria que serão espaços de pouca expressão, longe do cobiçado Ministério da Saúde. Picciani foi a Temer dizer que a bancada esperava receber espaço proporcional ao que conquistou durante o governo do PT: três ministérios.
O círculo mais próximo de Temer comporá o núcleo do governo: o ex-deputado Eliseu Padilha para a Casa Civil, o ex-governador Moreira Franco em uma agência para cuidar das concessões, o ex-deputado Geddel Vieira Lima na articulação política e o ex-presidente da Câmara Henrique Alves no Ministério do Turismo. Os deputados reclamam que Temer, na Presidência, reservou os principais postos para seus amigos, imaginando que os peemedebistas o apoiarão por “gravidade” e repetindo o que fez no início do governo Dilma, quando as três vagas da Câmara ficaram com deputados e ex-deputados.