Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2015
Para contemplar o PMDB na reforma ministerial e garantir o apoio da legenda a seu governo, a presidenta Dilma Rousseff está disposta a oferecer ao partido um importante ministério da área social – Saúde ou Educação – coisa que não aconteceu na era petista. Com exceção de Renato Janine, atual titular da Educação, as duas pastas sempre foram comandadas por petistas.
O objetivo é atender ao principal aliado e “fidelizar” um número maior de deputados ao governo e, assim, ter a grande maioria da bancada a seu lado em uma eventual votação para decidir se a Câmara dos Deputados vai ou não acolher pedido de abertura de processo contra ela. Por isso, a maior atenção da presidenta desta vez é com os apoios na Casa.
Entre os dois mais importantes ministérios da área social, o mais provável é que Dilma ofereça a Saúde ao PMDB. Além dela, o novo ministério que reunirá as secretarias de Portos e Aeroportos; o Ministério da Integração Nacional, e, ainda, com a manutenção das pastas da Agricultura e de Minas e Energia, somando, portanto, cinco ministérios importantes.
Nas conversas que teve com a governante na manhã de segunda-feira (21), a primeira para tratar da reforma administrativa e ministerial em curso, o vice-presidente Michel Temer declarou que talvez não fosse este o melhor momento para fazer mudanças, pois o governo precisa de apoios no Congresso.
Dilma disse que é preciso fazer a reforma, e Temer respondeu que ela ficasse à vontade para modificar a equipe, sem se preocupar com indicações dele. Antes, sugeriu que a mandatária conversasse muito com os políticos. A reação de Temer durante a reunião com a presidenta denota a dificuldade que terá Dilma para compor uma equipe que lhe garanta apoio político no Congresso. (Cristiana Lôbo/G1)