Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2022
Depois dessa edição do Oscar, após o ator Will Smith dar um tapa no humorista Chris Rock durante a cerimônia de premiação, a alopecia ganhou destaque na internet e nos noticiários. O comediante fez uma piada sobre a doença que acomete Jada Pinkett Smith, esposa de Will.
A doença provoca a queda de cabelo ou de pelos de qualquer outra região do corpo. Segundo a sociedade brasileira de dermatologia, não existe uma estatística sobre quantos brasileiros são afetados por essa doença.
No entanto, acredita-se que em torno de 1% da população manifeste os sinais e sintomas em algum momento da vida. A alopecia não tem cura, mas possui tratamento.
Segundo a dermatologista Luciana Nakanishi, a alopecia é uma doença que causa a perda repentina do cabelo. São vários tipos e para cada situação existe um tratamento diferente.
“A gente sabe que é uma doença autoimune. É como se tivesse um processo inflamatório atacando o cabelo e ele cai. A gente investiga a associação com outras doenças autoimunes como diabetes, alterações de tireoide, doenças reumatológicas, mas às vezes a gente não encontra nada. Essa queda de cabelo pode ser temporária ou permanente. Ela pode ser localizada, pode ser difusa, pode ser do couro cabeludo mas pode ser do corpo também”, afirma a especialista.
Ela também diz que é necessário ficar de olho em alguns sinais e procurar ajuda o mais rápido possível.
“O mais comum que vemos no dia a dia é a alopécia androgenética, que é a famosa calvície. A gente vê homens que têm aquelas entradas, às vezes a parte de cima também começa a perder. Mas hoje em dia eu atendo muitas mulheres. Um sinal de alerta é o cabelo estar caindo mais do que o normal. A gente pode usar tônicos, loções que estimulam o fio de cabelo, e medicamentos orais em alguns casos”.
Em alguns casos a recuperação pode ser total, mas existem outros em que as falhas se espalham por todo o couro cabeludo e vêm acompanhada de um processo inflamatório.
Causas
As causas da alopecia podem ser variadas. No entanto, alguns fatores associados ao desenvolvimento da condição são:
— Hereditariedade;
— Hormônios masculinos;
— Traumas na região;
— Má alimentação, que leva à falta de vitaminas;
— Estresse;
— Oleosidade em excesso, relacionada à dermatite seborreica;
— Reação adversa a medicamentos ou certos tratamentos, como a quimioterapia;
— Tratamentos de beleza com produtos químicos que agridem o couro cabeludo;
— Problemas na tireoide;
— Infecções causadas por fungos ou bactérias, inclusive casos de resistência bacteriana.