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Geral Polícia Federal destrói 4 aeronaves, 40 balsas e mais de 11 toneladas de cassiterita na primeira semana de operação na Terra Yanomami

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Operação Libertação completa uma semana de atuação em Terras Yanomami. (Foto: Divulgação/PF)

A PF (Polícia Federal) destruiu quatro aeronaves e 40 balsas usadas por garimpeiros ilegais, além de 11,2 toneladas de cassiterita na Terra Yanomami na primeira semana da Operação “Libertação”, que busca expulsar os garimpeiros invasores do território. O balanço foi divulgada nesta quinta-feira (16).

Foram destruídos, também, um garimpo do minério e uma base de suporte logístico para garimpeiros, além de outros equipamentos e itens como barracas, veículo e um trator esteira.

A apreensão ainda inclui: 16 toneladas de cassiterita, quatro embarcações, sete mil litros de combustível, 500 quilos de alimentos, maquinário para extração de minérios, geradores de energia, motosserra e motores, armas, equipamentos de comunicação e celulares de não indígenas.

Cerca de 700 integrantes das instituições envolvidas participam das atividades. A estrutura logística abrange quatro bases de apoio operacional (Surucucu, Moxihatetea, Walopali, Palimiú), 16 aeronaves e diversas embarcações e veículos automotores.

No campo das ações humanitárias para a comunidade indígena, mais de 105 toneladas de mantimentos e medicamentos foram transportadas e 5,2 mil cestas básicas entregues. No hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira, para atenção exclusiva aos indígenas Yanomami, foram realizados, até o momento, 1,3 mil atendimentos.

As equipes também atuaram no fechamento de rotas e acessos fluviais utilizados pelo garimpo, mapeamento das áreas e na segurança das bases operacionais na Terra Indígena e de prédios públicos de Boa Vista.

A abertura parcial do espaço aéreo da região Norte do país foi prorrogada até a 1h (horário de Brasília) do dia 6 de maio para a saída espontânea de pessoas não indígenas das áreas de garimpo ilegal.

A operação Libertação tem como objetivo proteger a população Yanomami por meio da interrupção do garimpo ilegal.

De acordo com a Polícia Federal, para impedir o garimpo ilegal, os agentes devem trabalhar em duas frentes: a inutilização da infraestrutura que sustenta o crime e a busca por provas.

“O foco neste momento é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos”, diz PF.

Como reforça o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, “o foco das ações é na logística do crime e no registro da materialidade delitiva, não nas pessoas envolvidas, de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não indígenas da Terra Yanomami”.

Outra operação, dessa vez do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pela Força Nacional de Segurança Pública destruiu um avião, um trator de esteira e estruturas usadas pelos garimpeiros.

O órgão ainda apreendeu duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível. Nas embarcações, havia cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet que seriam levadas para os acampamentos garimpeiros. Não foi informado se há presos.

Crise humanitária

Em janeiro deste ano, o presidente Lula esteve em Roraima para acompanhar a crise sanitária dos Yanomami. Na ocasião, ele prometeu pôr fim ao garimpo ilegal na Terra Yanomami. Ele classificou a situação dos indígenas doentes como desumana.

A Terra Yanomami tem mais de 10 milhões de hectares distribuídos entre os estados de Amazonas e Roraima, onde fica a sua maior parte. São cerca de 30 mil indígenas vivendo na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades.

A região está em emergência de saúde desde 20 de janeiro e, inicialmente, por 90 dias, conforme decisão do governo Lula. Órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.

As ações de desintrusão — expulsão dos garimpeiros do território — são coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Com o início das ações de repressão contra a atividade ilegal, como o controle do espaço aéreo, garimpeiros tentam deixar a região. As informações são do portal de notícias G1.

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