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| Polícia Federal diz que a primeira-dama de Minas Gerais tinha empresa fantasma em Brasília

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Carolina Oliveira é casada com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, desde abril deste ano. (Imagem: Reprodução)

Relatório da PF (Polícia Federal) sobre a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel (PT), aponta que uma empresa dela em Brasília seria fantasma. A empresa de Carolina, chamada Oli Comunicação, é investigada sob suspeita de ter sido usada por um grupo criminoso que atuaria em campanhas políticas do PT. “Nas salas 1810 e 1811 [onde deveria funcionar a empresa] não foi encontrada qualquer indicação da existência da mesma”, diz o relatório da PF.

A corporação afirmou que a empresa teria sido usada “com a conivência” da primeira-dama. Ela é casada com o governador desde abril. A PF também fez buscas no apartamento que Carolina mantém em Brasília. Ela morou na capital federal até meados do ano passado, quando Pimentel se candidatou ao governo mineiro.

O advogado de Carolina, Pierpaolo Bottini, disse que a empresa de comunicação nunca foi fantasma, pois tinha clientes, mas foi fechada quando Carolina mudou-se de Brasília para Belo Horizonte (MG), no ano passado.

O documento integra a Operação Acrônimo, que prendeu, na sexta-feira, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, por conta de suspeitas de desvio de recursos públicos para campanhas do PT.

A PF também encontrou documentos que trazem indícios de que Bené teria atuado no caixa dois da campanha do governador. Uma tabela impressa em duas páginas traz a inscrição “Campanha Pimentel”.

Em outubro do ano passado, durante a campanha eleitoral, a PF apreendeu 113 mil reais em um avião de Bené que saíra de Belo Horizonte e pousara em Brasília. A suspeita é que o dinheiro seria usado em campanhas petistas. Em 2010, na campanha que resultou na primeira eleição da presidenta Dilma Roussef, Bené alugou um casa em Brasília que era usada pelos petistas.

O empresário preso recebeu ao menos 525 milhões de reais em contratos com o governo federal desde 2005. O maiores contratos de Bené são com o Ministério da Saúde (105 milhões de reais). A pasta também é investigada na Operação Lava-Jato. Produtoras de publicidade que prestavam serviços para a pasta fizeram pagamentos ao ex-deputado André Vargas (sem partido-PR), que está preso.

O delegado da PF Dennis Cali afirmou que houve superfaturamento de contratos, desvio de recursos públicos e que alguns serviços não foram prestados. Segundo o delegado, não são alvos da investigação o governador de Minas Gerais, nem qualquer partido político.

A PF também cita no relatório troca de mensagens entre Bené e o ex-deputado petista Virgílio Guimarães, que sugerem que eles tinham negócios conjuntos, classificados pelos policiais como uma “sociedade dissimulada”. Ainda de acordo com a PF, o ex-deputado recebeu 750 mil reais de Bené.

Em uma das mensagens interceptadas pela PF, Bené diz a Virgílio: “O cheque de 200 [mil] deve ter voltado. Pode pedir pra reapresentar”. Pimentel chamou de “erro clamoroso” a investigação da PF, e disse que apresentará esclarecimentos ao órgão que permitirão excluir Carolina do inquérito. “O mandato de busca e apreensão foi expedido com base em uma alegação, em uma definição inverídica, absolutamente inverídica”, afirmou.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-diz-que-a-primeira-dama-de-minas-gerais-tinha-empresa-fantasma-em-brasilia/ Polícia Federal diz que a primeira-dama de Minas Gerais tinha empresa fantasma em Brasília 2015-05-31
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