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Por Redação O Sul | 1 de junho de 2017
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (01), a Operação Cifra Oculta para apurar supostos crimes eleitorais e de lavagem de dinheiro relacionados à campanha de Fernando Haddad (PT) para a prefeitura de São Paulo em 2012. Trinta policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Caetano e Praia Grande.
A investigação é um desmembramento da Operação Lava-Jato e começou em novembro de 2015 depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) desmembrar a colaboração premiada de executivos da empresa UTC. O inquérito apura o pagamento, pela empreiteira, de dívidas de uma das chapas da campanha de 2012 à prefeitura dpaulistana, referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões. A gráfica pertencia a familiares de um ex-deputado estadual.
Segundo a PF, “a dívida teria sido paga por meio de um doleiro, em transferências bancárias e dinheiro vivo, para empresas. Uma empresa mencionada na delação aparece como fornecedora de serviços, com valores informados de R$ 354.450. Somente consta na prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) outra prestação de serviços gráficos de R$ 252.900, valores bem inferiores à soma de R$ 2.600.000, que teria sido paga pela empreiteira UTC a gráficas”.
Se confirmado, os investigados devem responder pelos crimes de falsidade ideológica na prestação de contas à Justiça Eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de até dez anos de prisão e multa. (AG)