Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2015
A PF (Polícia Federal) indiciou o ex-líder do PT e do governo na Câmara dos Deputados durante o governo Lula e o primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff Cândido Vaccarezza e os deputados Vander Loubet (PT-MS) e Nelson Meurer (PP-PR) na Operação Lava-Jato, por recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras. O inquérito apontou indícios de corrupção passiva dos três políticos. O mandato de Vaccarezza terminou em 2014 e atualmente ele não possui foro privilegiado.
Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava-Jato, a mando do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para a sua campanha à Câmara dos Deputados de 2010.
O inquérito da PF concluiu, com base em provas documentais e testemunhais, que houve corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo deputado Vander Loubet. Segundo a PF, em razão do cargo de deputado federal, o parlamentar teria recebido 1 milhão de reais de Youssef a mando de Pedro Paulo Leoni Ramos, secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992).
Uma parte dos valores teria sido entregue em Campo Grande (MS) e outra parte teria sido depositada em contas de terceiras pessoas, que teriam dado suporte a Vander Loubet em sua campanha eleitoral de 2010.
O inquérito apontou ainda que Meurer recebeu duas parcelas de 250 mil reais, uma em 26 de agosto de 2010 e outra em 10 de setembro de 2010, como propinas para campanha eleitoral de deputado federal no mesmo ano. Os valores teriam sido travestidos de doações eleitorais feitos pela empreiteira Queiroz Galvão, ordenadas por Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes Filho – executivos da construtora, indiciados por corrupção ativa – a pedido de Paulo Roberto Costa. Os repasses para Meurer ocorreram, segundo a PF, por orientação de Youssef. (AE)