Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2016
APF (Polícia Federal), em conjunto com outros federais, deflagrou, na manhã dessa nessa sexta-feira, a Operação Uroboros, que investiga fraudes para obtenção de pensão por morte. Segundo a polícia, um grupo se estruturou a partir da atuação de servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Amambai, no Mato Grosso do Sul.
O grupo registrava falsamente crianças como se fossem filhos de indígenas já falecidos com o intuito de obter a pensão. Levantamentos preliminares detectaram que em apenas cinco fraudes a soma dos prejuízos evitados e causados ao INSS gira em torno de 1 milhão de reais. Durante as buscas foram apreendidos vários documentos que indicam que o montante das fraudes praticadas pelo grupo pode ultrapassar esse valor.
“Como a prescrição do benefício não corre contra os menores, o grupo conseguia se apropriar de grandes valores referentes à pensão, que retroagia até a data do óbito do indígena”, informa nota da PF. O grupo, afirma a polícia, tinha uma esquema logístico bem estruturado de transporte de indígenas para confecção de documentos pessoais e para expedição de registros administrativos de nascimento junto à Funai, ideologicamente falsos, que seriam usados perante os cartórios para dar credibilidade aos registros civis tardios. (AE)