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Brasil Polícia Federal prende no Mato Grosso último suspeito de integrar grupo que planejava atentado terrorista durante as Olimpíadas

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Chegam ao aeroporto de Brasília os suspeitos de planejar ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) informou neste domingo (24) que foi cumprido o último mandado de prisão em aberto da “Operação Hashtag”, que objetivou combater o terrorismo a poucos dias do início da Olimpíada do Rio de Janeiro.

Segundo o governo, a Polícia Militar de Mato Grosso localizou Leonid El Kadre de Melo, de 32 anos, na cidade de Comodoro, a 656 km de Cuiabá. “Ele será ouvido e posteriormente encaminhado a um presídio federal. Os horários e locais não serão divulgados por questões de segurança”, acrescentou a PF.

Leonid é apontado pelos investigadores como um dos mais engajados entre os integrantes de uma comunidade do Facebook onde foi mencionado o risco de realizar atentados durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, contra delegações de países que fazem combate ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Leonid tem passagens pela polícia e já esteve preso por homicídio qualificado. Ex-integrante de uma quadrilha que promovia assaltos em Tocantins, ele foi acusado de matar um comparsa do grupo por desavenças em função da partilha de um roubo.

Depois de cumprir pena em unidades prisionais de Palmas e em Araguaína, no Tocantins, ele não retornou ao ser beneficiado com saída temporária da prisão e fugiu. Só se apresentou anos depois no Mato Grosso, onde cumpriu o restante da pena e depois passou a trabalhar como mecânico.

Operação Hashtag
A chamada “Operação Hashtag” foi lançada na semana passada pela Polícia Federal, resultando na prisão de dez pessoas em sete estados, informou o Ministério da Justiça.

Foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff.

Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.

Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais.

“Célula amadora”
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse, em coletiva na semana passada, que os investigados na operação não tiveram contato com membros do Estado Islâmico e que se trata de uma “célula absolutamente amadora”, porque não tinha “nenhum preparo”.

“Mas obviamente que não podemos – nenhuma força de segurança – ignorar isso. […] Só o fato de começarem atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver, e o melhor era decretar a prisão deles”, afirmou o ministro.

Moraes disse que o grupo mencionava a intenção de comprar um fuzil AK-47 em uma loja clandestina no Paraguai.
Segundo Moraes, os investigados na operação, batizada de Hashtag, nunca tinham se encontrado pessoalmente e eram monitorados há meses pela polícia. Eles costumavam se comunicar pela internet, por meio dos aplicativos de mensagem instantânea WhatsApp e Telegram.

Questionado sobre como foi o monitoramento dos suspeitos, já que o WhatsApp foi bloqueado mais de uma vez pela Justiça brasileira justamente por não fornecer dados para investigações, o ministro inicialmente não quis responder. Depois disse que revelar como se deu o monitoramento atrapalharia a investigação.

Detidos
“Hoje, culminou na primeira operação que teve como alvo uma suposta célula terrorista no Brasil. Foram presos 10 indivíduos”, disse Alexandre de Moraes na entrevista concedida na sede do Ministério da Justiça na última semana.
O suposto chefe do grupo, informou Moraes, é de Curitiba. Um suspeito foi preso em Manaus. Outro, de 26 anos, foi detido na área rural do município gaúcho de Morro Redondo, em uma localidade chamada de Açoita Cavalo. Em São Paulo, as prisões ocorreram em Amparo, Campinas, Guarulhos e na capital.

De acordo com a Polícia Federal, o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara da Justiça Federal do Paraná, expediu 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, podendo ser prorrogadas por mais um mês. Moraes afirmou que os dois suspeitos ainda soltos estavam no “radar” dos policiais e que deveriam ser detidos em breve.

O juiz também expediu dois mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento) e 19 de busca e apreensão.

Conforme Alexandre de Moraes, um dos mandados de condução coercitiva é contra o diretor-presidente de uma ONG, para que esclareça palestras em que teria feito apologia ao Estado Islâmico.

Por “questões de segurança”, Moraes disse que não daria mais detalhes sobre a instituição. (AG)

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