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Geral A Polícia Federal fez uma operação contra fraudes em fundos de investimento com atuação em Porto Alegre

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A investigação teve origem em 2013, segundo a PF. (Foto: Divulgação)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), a Operação Gatekeepers, com o objetivo de combater fraudes relacionadas a fundos de investimento em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.

Os agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão – cinco em Porto Alegre e quatro no Rio –, além de ordem de busca e apreensão de três veículos na Capital gaúcha e bloqueio de ativos em nome de 20 pessoas físicas e jurídicas. São investigados crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre.

A investigação teve origem em 2013, com a apuração de aportes feitos por um fundo de previdência privada gaúcho em um fundo de investimentos. Este último aplicava os valores em empresas de construção civil sem que houvesse a devida execução de obras públicas.

No decorrer das apurações, identificaram-se ligações do grupo com obras de revitalização urbana na Capital gaúcha. São investigadas possíveis movimentações de recursos para pessoas ligadas à administração, inclusive com a aquisição de bens de alto valor, como veículos de luxo.

O termo Gatekeeper, que dá nome à operação da PF, além do significado em inglês – porteiro ou até mesmo guardião –, também tem uso no mercado financeiro, estando ligado a pessoas ou instituições de credibilidade que atuam em processos de análise de conformidade, verificação e certificação.

Fundos de pensão

Na semana passada a PF deflagrou, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal, uma operação contra suspeitos de fraudar os fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Serpros (da Serpro – empresa pública de tecnologia da informação). Os agentes cumpriram dez mandados de prisão e 21 de busca e apreensão. A ação, batizada de Operação Rizoma, é um desdobramento da Lava-Jato.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. A PF confirmou a prisão do empresário Arthur Pinheiro Machado, que já foi dono de corretora e tem mais de cem empresas ligadas ao CPF dele. Machado foi preso em São Paulo. Ele criava fundos de investimentos, e pessoas ligadas ao PT e PMDB indicavam os gestores desses fundos. O esquema funcionava através de dois doleiros do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que ajudavam a trazer dinheiro em espécie oriundo do esquema de volta ao Brasil.

Os agentes cumpriram durante a operação mandado de prisão contra Marcelo Sereno, economista que é ligado há muitos anos ao PT. Ele já foi assessor especial do Ministério da Casa Civil durante o governo Lula, na época que José Dirceu era ministro da Casa Civil. Sereno já exerceu cargo de confiança na refinaria de Manguinhos e foi secretário de Desenvolvimento, Indústria e Petróleo da prefeitura de Maricá (RJ) durante o governo de Washington Quaquá.

Os agentes também cumpriram mandado contra Ricardo Siqueira Rodrigues, conhecido como Ricardo Grande, em um condomínio na Zona Oeste. Ele é apontado pela PF como o maior operador de fundos de pensão no País. Também há mandado de prisão contra Patrícia Iriad, funcionária da empresa de Machado.

Em Brasília, a PF foi à casa de Milton Lira, que é apontado em várias investigações como operador do MDB no Senado e operador em vários esquemas, a maioria envolvendo fundos de pensão, principalmente o Postalis. Ele é alvo de investigações que estão no STF (Supremo Tribunal Federal) e na Lava-Jato. Milton Lira também aparece na delação de Nelson Mello da Hypermarcas, em 2016. O depoimento conta que ele tinha relações diretas com o MDB no Senado, principalmente o senador Renan Calheiros, que não foi alvo da operação.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-realiza-operacao-para-combater-fraudes-em-fundo-de-investimentos-em-porto-alegre/ A Polícia Federal fez uma operação contra fraudes em fundos de investimento com atuação em Porto Alegre 2018-04-19
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