Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2015
A PF (Polícia Federal) informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que tem dificuldade para avançar nas investigações sobre o suposto envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com desvios na Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pelo armazenamento e pelo transporte de combustível. De acordo com relatório da PF obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, o delegado Thiago Delabary sustentou que não realizou diligências nesse caso e que “carece de maior direcionamento, ou seja, de elementos complementares que permitam traçar uma linha investigativa factível”.
O delegado indicou não saber os contratos da Transpetro em que há suspeitas de irregularidades e sustenta que “torna-se inviável encetar pesquisas ‘às cegas’ abarcando as centenas de contratos. Segundo relato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro e afilhado de Renan, é apontado como elo do senador com o esquema de corrupção.
Costa, um dos principais delatores da Operação Lava-Jato, disse em depoimento que Calheiros recebia propina de empresas contratadas pela Transpetro, e afirmou que Machado uma vez lhe entregou 500 mil reais. A posição da PF será enviada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que comanda os rumos das investigações de políticos com mandatos no STF. (Márcio Falcão e Aguirre Talento/Folhapress)