Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2015
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar o vazamento de informações sobre o faturamento da empresa LILS, do ex-presidente Lula. O objetivo é apurar se houve quebra de sigilo da companhia.
A revista Veja divulgou no sábado um relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira vinculado ao Ministério da Fazenda) com o faturamento da LILS. De acordo com a publicação, a companhia recebeu 27 milhões de reais entre 2011 e 2014, período em que ele já havia deixado a Presidência.
Desse montante, diz Veja, 9,8 milhões de reais foram pagos por empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato. São elas a Odebrecht (2,8 milhões de reais), a Andrade Gutierrez (1,9 milhão de reais), a OAS do Brasil, dos EUA e da Costa Rica (1,9 milhão de reais), a Camargo Corrêa (1,4 milhão de reais), a Queiroz Galvão (1,1 milhão de reais), a UTC Engenharia (357 mil reais) e a Quip (378 mil reais), sociedade entre quatro empreiteiras que presta serviços à Petrobras. Da receita, a LILS destinou 12,9 milhões de reais para aplicações financeiras e 5 milhões de reais para plano de previdência privada.
Palestras
A assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o ex-presidente faz palestras “para dezenas de empresas de diferentes setores e países”. Afirmou, ainda, ter “plena certeza da legalidade e da correção das atividades”. (Folhapress)