Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2017
Mais de dez viaturas da PM (Polícia Militar) de Brasília perseguiram, na madrugada deste domingo (03), um caminhão do Corpo de Bombeiros que foi furtado por um bombeiro no quartel de Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal.
Segundo informações da PM, o bombeiro teve um surto psicótico, se dizia muçulmano e se deslocava em alta velocidade para o Plano Piloto com o intuito de atropelar pessoas que se divertiam em um show na Esplanada dos Ministérios. Também há a informação de que o bombeiro queria colidir o caminhão contra o Congresso Nacional.
A perseguição começou na Via Estrutural, na altura da Cidade do Automóvel, e terminou no Eixo Monumental, onde os soldados conseguiram se aproximar com as viaturas e disparar dezenas de tiros contra os pneus dianteiros e traseiros do caminhão. O veículo parou perto da Catedral de Brasília e quase capotou.
Vários policiais desceram das viaturas de arma em punho, temendo troca de tiros, mas o bombeiro foi rendido e algemado no asfalto.
Pena
O homem pode pegar até 20 anos de prisão pelo caso. Segundo o governo, ele vai responder por quatro crimes previstos no Código Penal Militar. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o militar de 44 anos foi preso em flagrante e enquadrado nos crimes de furto qualificado, desobediência, danos ao material da administração militar e tentativa de dano. Apesar disso, segundo o governo, “não foram encontrados elementos que apontam para a caracterização de atentado terrorista”. O termo chegou a ser usado em comunicações informais da polícia militar, ao longo da madrugada, mas foi descartado pela manhã.
Apuração
Na mesma nota enviada pela Secretaria de Segurança, o Corpo de Bombeiros diz que as circunstâncias do caso “estão em apuração, sendo acionada também a Diretoria de Saúde e o Centro de Assistência da corporação para acompanhar o caso”.
Até as 16h de domingo, o sargento do Corpo de Bombeiros seguia detido no Núcleo de Custódia da corporação. Até a noite desta segunda-feira (4), ele deve passar por uma audiência de custódia na Justiça Militar – onde o juiz terá de decidir pela soltura ou pela prisão preventiva do bombeiro.