Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2024
A Polícia Civil prendeu em Santo André, no ABC Paulista, mais um suspeito de integrar um grupo que simulou contas oficiais do governo de Rio Grande do Sul para receber doações via Pix que seriam destinadas aos atingidos pelas enchentes no estado gaúcho.
De acordo com a polícia, o homem de 45 anos foi encontrado na noite de sexta-feira (17). Ele já tinha um mandado de prisão expedido e está à disposição da Justiça.
Na última quarta-feira (15), um homem e uma mulher foram presos e cinco contas bancárias foram bloqueadas durante operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Civil de São Paulo.
As investigações apontaram que os suspeitos, que têm entre 17 e 45 anos, criaram contas falsas em redes sociais como se fossem perfis do governo gaúcho e iniciaram forte campanha para recebimento de doações, divulgando chaves pix de pessoas físicas para o recebimento dos valores.
Ainda de acordo com a polícia, como a fraude foi iniciada logo nos primeiros dias da calamidade, os criminosos induziram ao erro muitas pessoas “que imaginaram contribuir para a campanha de reestruturação do estado, quando na verdade foram vítimas de uma associação criminosa paulista”.
Todos os detidos possuem antecedentes criminais em crimes como roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de entorpecentes. Além dos três mandados de prisão preventiva, foram expedidos outros três de busca e apreensão como parte da operação.
Força-tarefa
Um grupo de Delegados e Agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foi destacado com o objetivo principal de reprimir práticas criminosas virtuais que se utilizem da atual situação do Estado gaúcho com a finalidade de obter vantagens de qualquer natureza.
“Até o momento, são mais de 50 casos analisados pelo grupo, sendo que mais de 70% foram concluídos. Outros já contam com inquéritos policiais instaurados e aguardam diligências investigativas a fim de responsabilizar os identificados”, afirma o governo gaúcho.
Segundo a investigação, entre os casos analisados preliminarmente, ao menos 15 páginas criminosas, criadas com o objetivo de induzir a erro a população, já foram retiradas do ar. “Destas, ao menos cinco contas bancárias foram bloqueadas, impedindo um enriquecimento ilícito de dezenas de milhares de reais”, complementou o Estado.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da promotora de Justiça Maristela Schneider, ajuizou, no dia 5 de maio, uma ação cautelar para que duas empresas de mídia social impeçam ou removam perfis fakes que pedem dinheiro para atingidos por enchentes no Estado gaúcho.