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Brasil Policiais federais reagem a Bolsonaro e pedem mandato para diretor-geral da Polícia Federal

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A Polícia Federal é subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. (Foto: Agência Brasil)

As últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro sinalizando a troca do diretor-geral da PF (Polícia Federal) provocaram críticas de policiais federais, fazendo ganhar força o discurso sobre uma eventual necessidade de autonomia da instituição.

Bolsonaro disse nesta quinta-feira (22) que é seu direito trocar a direção do órgão e reclamou de críticas que apontam o que seria uma interferência indevida na instituição. “Agora, há uma onda terrível sobre superintendência. Onze [superintendentes] foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um Estado para ir para lá: ‘Está interferindo’. Espera aí. Se eu não posso trocar o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral”, afirmou.

A declaração ocorreu quando delegados da PF de todo o País estão reunidos em Salvador (BA) em um simpósio da categoria em que se debate o combate à corrupção. O atual diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo, é um dos participantes do evento. Ele não falou sobre as declarações do presidente em seu discurso e não deu entrevista.

Já o diretor da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Edvandir Paiva, sentado ao lado de Valeixo, disse que é fundamental que o chefe da PF tenha um prazo de estabilidade no posto. “É fundamental que nosso diretor-geral tenha mandato. Seja escolhido por critérios técnicos e republicanos. Que tenha capacidade de formar sua equipe sem a interferência de nenhum posto político no governo”, disse Paiva.

“A PF é uma polícia de Estado. Nós respeitamos a autoridade que o povo conferiu ao presidente da República. Entretanto o trabalho da Polícia Federal é um trabalho de Estado, permanente, independente de qualquer governo”, declarou.

A PF é subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, enfraquecido em meio à divulgação de mensagens que mostram a sua suposta atuação em parceria com os procuradores em diferentes processos da Lava-Jato e que colocaram em xeque a sua atuação como juiz federal. Moro também tem sofrido seguidas derrotas no Congresso, onde tramita um pacote de medidas anticrime encaminhado por ele no início do governo.

As críticas sobre uma interferência indevida de Bolsonaro na PF começaram quando ele deu declarações sobre a troca no comando da instituição no Rio de Janeiro. O presidente disse que o então superintendente Ricardo Saadi seria substituído após problemas de produtividade. A PF negou e afirmou que o próprio Saadi havia pedido a mudança.

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